Político não é ser humano!

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Não lembro direito qual foi o jornalista quem disse a frase que serve de título para este texto. Até tentei procurar na internet para ver se descobria, mas não obtive êxito. Mas, tenho que admitir, a frase é interessante. Não é bonita, não é elogiosa, mas – em alguns casos – se encaixa perfeitamente naquilo que vemos diariamente na terra dos pinheirais.

Digo isso porque, convenhamos, não é coisa de ser humano que um político local, no caso nossas excelências vereadores, defendam que seus próprios salários sejam reajustados em mais de 100% num momento em que o país como um todo passa por uma grave crise financeira, que faz com que milhares de empresas sejam fechadas, vitimando já de cara o pobre do trabalhador assalariado de nossa nação.

É menos humano ainda ter a pachorra de colocar em pauta tal discussão num momento em que o Brasil tem mais de dez milhões de desempregados. Número que, em termos proporcionais, considerando o perfil econômico da cidade de Araucária, essencialmente industrial, deve ser maior aqui do que no resto do país.
Ora, não é coisa de ser humano fechar os olhos para a clara e evidente posição contrária da comunidade araucariense com relação a esse disparate. E, mesmo assim, tramar, articular, enfim, matutar formas e mais formas de levar a cabo um “aumentasso” desses.

É mais cristalina ainda a dificuldade de enquadrarmos alguns de nossos políticos como seres humanos ao notarmos que eles simplesmente parecem não compreender, não aceitar e até mesmo contrariar a realidade posta. Ou seja, de que a classe política padece de uma crise ética, de uma crise moral em todo o Brasil, não sendo diferente em nossa pobre Araucária. E, em momentos assim, o político que tem vergonha na cara, nem precisa ser exemplo de honestidade, basta que tenha vergonha na cara, apreço por sua família e amigos e um pouco só que seja de preocupação com sua comunidade, não ofende o cidadão com propostas tipo esta, cujo único beneficiário é o próprio sujeito que se elegeu não para representar aos seus interesses e sim os interesses de uma cidade inteira.

Dito isto, a torcida que fica é para que, como bem disse o pároco da Igreja Matriz, padre Antonio, nossos vereadores coloquem a mão na consciência e sepultem qualquer que seja a ideia que tenha surgido na Câmara a respeito do aumento dos salários de nossos edis. Caso contrário, será impossível não concordar com o título deste texto. Ou seja, que político não é ser humano mesmo!

Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima!

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