Por que os governos de direita querem enfraquecer os sindicatos

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

Os governos de direita, como é o caso do governo Bolsonaro no Brasil, têm como meta enfraquecer o movimento sindical porque os sindicatos são justamente a representação da classe trabalhadora em segmentos. Como operam pela lógica capitalista, na qual o lucro está acima de tudo e a propriedade privada acima de todos, esses governos não têm interesse algum por melhores condições de trabalho ou de vida.

O movimento sindical, por sua vez, preza pela unicidade e por mais qualidade de vida para os trabalhadores. Portanto, representa uma verdadeira “pedra no sapato” para os patrões que querem lucrar cada vez mais em cima da mão de obra da classe trabalhadora, sem ter que se responsabilizar ou gastar investindo em melhorias nas condições de trabalho.

Para lembrar a importância dos sindicatos no Brasil e no mundo, é preciso voltar um pouco na história. O sindicalismo em nosso país surge a partir da influência dos trabalhadores europeus, muitos deles anarquistas, que migraram para cá após a abolição da escravatura e Proclamação da República, no final do século XIX.

Consigo, esses trabalhadores europeus trouxeram a experiência de seus países, onde já tinham certos direitos trabalhistas, e se deparam, no Brasil, com condições de trabalho miseráveis. Dessa forma, rapidamente começaram a se organizar para poder oferecer auxílio material aos operários nos tempos mais difíceis.

Depois disso, surgiram as Uniões Operárias, que começaram a se organizar segundo os ramos de atividade. A partir de então, começa o movimento sindical no Brasil, que durante muitos anos esteve na clandestinidade, já que os trabalhadores eram proibidos de formar qualquer tipo de organização ou luta por melhores condições de vida.

Ou seja, desde sua origem, o movimento sindical tratava-se da rebelião contra os patrões exploradores. E sobretudo, da união dos trabalhadores a fim de reunir forças para reivindicar seus direitos. Obviamente, isso não agradou em nada aos patrões, que tentaram aniquilar o movimento de todas as formas, pois o que queriam era ficar mais ricos e não ter que arcar com o custo de oferecer trabalho digno aos funcionários.

E relembrar brevemente o que conta a nossa história é importante para entender porque é que os governos de direita tentam acabar com o movimento sindical. Talvez a melhor resposta para isso seja que esses governos têm medo da revolução que a classe trabalhadora pode fazer. É fundamental entender que esses governantes só ocupam o cargo que ocupam para representar os mais ricos.

E os mais ricos não querem a emancipação dos trabalhadores, pelo contrário: querem que haja mais dependência. A eles interessa apenas o capital, o dinheiro. A dignidade humana não rende dinheiro, portanto, deixa de ser objeto de desejo dos grandes empresários e, consequentemente, de seus representantes no poder.

Publicado na edição 1196 – 23/01/2020

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