Prefeito milionário, cadê nosso salário?

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Imprevisível e inconstante. Assim é o comportamento do prefeito Hissam com seus servidores. Duas reuniões realizadas com representantes destes trabalhadores e o indicativo de reajuste era zero, apesar dos sinais incontestáveis em relação às perdas salariais dos funcionários da prefeitura de Araucária. O pleito mais do que justo inclui reajuste acima da inflação – afinal as teorias usadas para medir tais índices não parecem caminhar de acordo com a realidade cotidiana de quem pena para pagar as contas. Arbitrariamente, o prefeito Hissam anuncia no jornal O Popular no dia 11 de junho um reajuste salarial de acordo com o índice do INPC de 1,76%, e R$ 50,00 no vale alimentação. A atitude da administração é fingir que a concessão parcial – e bem parcial mesmo! – de nossas pautas são “presentes” do prefeito. Como se em um ato de bondade resolvesse atender parte das reivindicações!

Na sequência, emite um ofício cancelando todo e qualquer diálogo com os sindicatos que representam os trabalhadores de Araucária – SIFAR e SISMMAR. De maneira unilateral e sem argumentos plausíveis, o prefeito bate a porta na cara daqueles que diariamente colocam em funcionamento a máquina pública, que estão em contato direto atendendo a população: os funcionários públicos! Afinal, é através dos sindicatos que esses trabalhadores são representados. Não convence o argumento de que as ações tomadas foram radicais. A não ser que o senhor prefeito ache que conscientizar a população através de diálogo e panfletagem seja algo muito radical – e deve ser, afinal um povo que pensa analisa bem as ações de seus gestores.

O posicionamento de um prefeito que fecha as portas, que coloca um reajuste tacanho aos seus servidores, ainda enfatizando o gasto com esse reajuste, usando o índice mais baixo possível, não está preocupado com o serviço prestado à população. Esse prefeito não percebe que reajuste não é gasto, é investimento. Os servidores têm contas a pagar, precisam de alimentação, remédios e vestimentas como quaisquer outras pessoas – e questões tão básicas como essas parecem estar cada vez mais perto de se tornarem um luxo. Aos aposentados o arrocho é ainda maior, com o corte do abono de R$ 300,00 em janeiro de 2017 e a negativa de reenquadramento e ascensão na carreira àqueles que se aposentaram tendo o direito entre 2013 e 2017.

Os trabalhadores de Araucária estão sem aumento real desde 2012. O custo de vida aumentou consideravelmente. Quando um prefeito assume, não está responsável apenas pelos 4 anos de mandato. Também recebe ônus e bônus de administrações anteriores. O senhor prefeito sabia disso ao concorrer às eleições.

 

 

Publicado na edição 1118 – 21/06/2018

Prefeito milionário, cadê nosso salário?

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