Prefeitura corta “marmitex” dos servidores da Saúde e gera revolta

Secretário de Saúde (apoiado na cadeira) fala com representantes do Sifar
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Prefeitura corta “marmitex” dos servidores da Saúde e gera revolta
Secretário de Saúde (apoiado na cadeira) fala com representantes do Sifar

Desde ontem, 1º de março, quarta-feira de Cinzas, os servidores da Secretaria Municipal de Saúde que trabalham no chamado regime diferenciado deixaram de receber almoço e/ou jantar da Prefeitura. A notícia revoltou os servidores da pasta.
A notícia de que a “marmitex” deixaria de ser fornecida foi repassada aos servidores na semana passada e, na sexta-feira (24), representantes do sindicato da categoria, o Sifar, foram até o gabinete do secretário de Saúde, Carlos Alberto de Andrade, cobrar explicações.
Embora a compra da alimentação seja feita com recursos da própria Secretaria de Saúde, o titular da pasta jogou a culpa do corte na Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas (SMGP). O Sifar, no entanto, discorda. “Nós entendemos que o secretário de Saúde tem autonomia para manter a alimentação e não vamos aceitar tal fato, iremos intervir tanto política como juridicamente para reverter esse quadro”, afirmou o sindicato.

Prefeitura corta “marmitex” dos servidores da Saúde e gera revolta
Ofício que a SMGP enviou
à Secretaria de Saúde

Conforme o Sifar, os servidores que tiveram a alimentação cortada trabalham em regime diferenciado, pois estão lotados em serviços cujo atendimento é ininterrupto, como as unidades de pronto atendimento e a Central de Ambulâncias. “Essas categorias seguem a lei 2359/11, que determina que esses profissionais façam apenas meia hora de almoço, não podendo se ausentar do local, sendo inviável ficarem sem alimentação fornecida pela Prefeitura”, argumentam, acrescentando: “entendemos que devido ao regime diferenciado desses profissionais, que não podem se ausentar do trabalho no horário da escala, trabalham de noite, em domingos e feriados, ou seja, em horários em que não existe alimentação fora do local que possa ser comprada, além de não ter estrutura nenhuma para armazenamento e alimentação no local como geladeiras, microondas e fogões, é obrigação da Prefeitura fornecer a alimentação”, acrescentam em postagem veiculada em sua página numa rede social.
Ainda conforme o Sifar, na reu­nião de sexta-feira foi solicitada um novo encontro, agora com a presença de representantes da Se­cretaria de Gestão de Pessoas para discutir o assunto.
Ofício
O Popular teve acesso ao ofício encaminhado pela Secretaria de Gestão de Pessoas solicitando que a Secretaria de Saúde comunicasse seus servidores sobre o corte da “marmitex”. Nele, a titular da pasta, Dayane Navarrete Domingues Stall, ressalta que todos os funcionários da Prefeitura já recebem vale-alimentação e que a liberação de marmitas para apenas parte do quadro feriria o “tratamento igualitário” que deve existir para todo o funcionalismo municipal.
Texto: Waldiclei Barboza  / Fotos: DIVULGAÇÃO

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