Prefeitura prepara “presente de grego” para o Dia das Crianças

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

Com a proximidade do Dia das Crianças e o histórico dos trabalhadores da Educação de cuidarem com todo carinho dessa data, diversas unidades começam a se organizar para realização de algum evento.

Nesse momento da pandemia e fruto da pressão dos trabalhadores e da postura combativa do SISMMAR e do SIFAR, está em vigor a Instrução Normativa 08/2020 da Secretaria Municipal de Educação (SMED). Ela determina que os profissionais e a comunidade devem ser chamados à Unidade somente uma vez ao mês para entrega do kit alimentação e das atividades impressas, a fim de evitar a disseminação do novo Coronavírus.

Foi com grande surpresa que recebemos o comunicado da SMED aos sindicatos, informando que pretendia debater um documento que contraria a IN 08/2020, permitindo a organização de atividades presenciais no dia 12 de outubro. Como nossa defesa da vida é prioritária nesse contexto da pandemia da Covid-19, os sindicatos oficiaram a SMED reafirmando a posição pelo cumprimento integral da referida instrução e contrário à exposição desnecessária ao contágio de Coronavírus.
Defendemos que sejam preservadas as vidas e que nenhuma data seja usada para fins de promoção política.

A realidade que vivenciamos é muito triste. O professorado de Araucária perdeu um companheiro da Educação por Coronavirus, o professor Marcos Rute, há poucos dias. Muitos já foram ou estão infectados. Já passam de 50 mortos em Araucária. São vidas humanas ceifadas e há muita responsabilidade do poder público nessas mortes. Os governos se omitem ao não assumir a responsabilidade sobre o controle da pandemia.

Entre as crianças e adolescentes, que são nossos estudantes no chão de Escolas e CMEIs, nas salas apertadas e cheias, com pouca ventilação, há muitos que estão lutando para sobreviver. Crianças que vendem balas no farol, cuidam dos seus irmãos menores enquanto os pais estão trabalhando, administram tarefas domésticas e não têm tempo nem para serem crianças. Essa situação se agravou na pandemia e também por falta de políticas públicas realmente efetivas que protejam as famílias mais vulneráveis.

Não é expondo-as, ou a seus familiares, a uma situação de contágio que garantiremos vínculo afetivo. Elas estão nadando contra a correnteza dessa maré de ataques aos mais necessitados.

A Prefeitura não pode se omitir de uma questão tão essencial. A vida deve ser prioridade. Governo Hissam: determine a proibição de qualquer atividade presencial no Dia das Crianças. As vidas precisam ser salvas!

SISMMAR E SIFAR SEGUEM EM DEFESA DA VIDA!

Firmes!

Publicado na edição 1230 – 17/09/2020

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