Privatização da Repar fica para 2.020

Foto: Marco Charneski
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Privatização da Repar fica para 2.020

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, anunciou nos primeiros dias de novembro que a privatização do primeiro grupo de refinarias, anunciada pela estatal no início deste ano, ficará somente para 2.020. A informação foi divulgada pelo jornal Gazeta do Povo.

O adiamento da venda desse primeiro grupo de refinarias, no qual está incluído a Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), teria sido necessário em razão do grande número de interessados na aquisição. Segundo Castello Branco, mais de 20 empresas manifestaram interesse na compra. Entre elas, pesos-pesados do setor petroleiro em todo o mundo. Essa alta procura exigiu que a Petrobras e o Citigroup Global Markets Assessoria Ltda, contratado pela estatal para assessorá-la financeiramente no processo de venda, prorrogasse o prazo para manifestação de interesse na aquisição.

Ainda conforme publicação feita pela Gazeta do Povo, que contou com informações do jornal O Estado de S. Paulo e da agência de notícias Reuters, neste primeiro grupo de quatro refinarias que serão vendidas pela Petrobras no primeiro lote, a grande estrela é o chamado cluster Repar, que inclui a unidade de Araucária, 476 quilômetros de oleodutos e cinco terminais, localizados no Paraná e Santa Catarina.

A Repar despertaria tanto desejo em razão de sua posição estratégica, estando a apenas a uma hora e meia do Porto de Paranaguá e a menos de três horas do Porto de Itajaí, dois dos principais do país. A refinaria araucariense também estaria localizada numa região com maior e melhor infraestrutura do que as outras unidades oferecidas neste primeiro pacote.

Interessadas

Embora a Petrobras e o City não divulguem ainda nomes de potenciais compradores, O Estado de S. Paulo e Reuters apuraram que companhias de distribuição como a Ultra (dos postos Ipiranga) e Raízen (controladora da Shell) teriam interesse na compra. Ambas, diga-se de passagem, já tem presença em Araucária, com unidades instaladas no pool de combustíveis.

O Estado e a Reuters também apontam que grupos estrangeiros como os chineses PetroChina e Sinopec; os norte-americanos Valero e CVR Energy, o holandês Trafigura e o árabe com sede em Abu Dhabi, Mubadala pretendem entrar na disputa.

Para se ter uma ideia do porte desses grupos, a PetroChina é atualmente a petrolífera com mais alto valor de mercado no mundo. Já o Mudadala é um fundo que gere aproximadamente 225 bilhões de dólares.

Texto: Waldiclei Barboza

Foto: Marco Charneski

Publicado na edição 14/11/2019

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