Projeto quer que todos os nos ônibus sejam preferenciais

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Iniciativa é do vereador Paulo Horácio e quer estimular a gentileza no busão
Iniciativa é do vereador Paulo Horácio e quer estimular a gentileza no busão

Quem utiliza o transporte coletivo de Araucária ou de qualquer região do país já sabe que uma pequena parcela dos assentos é reservada preferen­cialmente para aqueles passageiros com alguma deficiência física ou mesmo mobilidade reduzida, como pes­soas acima de sessenta anos de idade, gestantes e pessoas com crianças de colo. Agora, um projeto de lei que tramita pela Câmara de Vereadores, propõe que não só uma pequena parte dos bancos seja prioritariamente destinada para isso e sim todos os lugares do busão.

A proposta é do vereador Paulo Horácio (SD) e iniciou sua tramitação pela Casa no início do mês, mas ainda não há previsão de quando será levada a plenário. Pelo texto, todos os assentos dos ônibus do transporte coletivo de Araucária, o popular Triar, passa a ser preferencial para pessoas com deficiência, maiores de sessenta anos, obesos, gestantes e aqueles com crianças de colo. Assim, não importa qual banco o sujeito esteja ocupando, se alguém que se enquadre nos critérios pre­ferenciais embarcar, ele precisa levantar para o outro sentar. “O principal objetivo do projeto é conscientizar e sensibilizar as pessoas, digamos assim, não preferenciais a praticar esse gesto de boa educação e respeito, independente de qual assento ele esteja ocupando dentro de um ônibus”, comentou o auto do projeto.

Ainda segundo Paulo, a ideia do projeto nasceu quando, recentemente, ele estava dentro de um ônibus do transporte coletivo de Curitiba e viu um jovem sentado num banco não preferencial com um fone no ouvido e o corpo meio que virado para a janela enquanto uma pessoa idosa estava próxima a ele, em pé. “Não utilizo muito o transporte coletivo, mas nesse dia, como minha esposa estava utilizando o carro, eu fui a Curitiba de ônibus e presenciei isso. A partir de então, fiz mais algumas pesquisas e constatei que esse tipo de situação é muito comum. Então resolvi fazer essa lei, que é uma lei do bem, pois ao positivar a questão, o Município aplica importante ação afirmativa para diminuir desigualdades impostas pela sociedade”, ponderou o edil.

Paulo faz questão de enfatizar que o projeto transforma os assentos em preferenciais e não exclusivos. “Por mais óbvio que isso pareça, é importante esclarecer que, por ser somente preferencial, quando não houver passageiros que se enquadrem nos quesitos da lei, qualquer um poderá ocupar aquele lugar. Se a lei tornasse os bancos exclusivos, mesmo que não houvesse gestante, idoso, deficiente ou alguém com criança de colo no ônibus, ninguém poderia ocupá-lo”, finaliza.

Caso o projeto seja aprovado pela Câmara, ele seguirá para sanção do prefeito que, publicando a lei, terá sessenta dias para promover as adequações nos ônibus do sistema Triar, de forma que se conste em todos os assentos que aquele lugar é preferencial para os que têm mobilidade reduzida.

Texto: Waldiclei Barboza / FOTO: EVERSON SANTOS

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