Ao longo da história, os cavaletes foram utilizados como instrumentos de tortura. Uma rápida pesquisa na rede mundial de computadores mostrará que ele era um instrumento de contenção, onde – muitas vezes – os torturadores prendiam condenados, por exemplo, por feitiçaria, deixando-os expostos ao público em praças e ruas.
Atualmente, podemos dizer que os cavaletes continuam sendo utilizados como instrumentos de tortura. Agora, porém, o torturado não é aquele que fica exposto no equipamento e sim o que é obrigado a vê-lo nos canteiros centrais, nas rotatórias, nas calçadas, enfim em tudo quanto é lugar. Sim, estou falando desses malfadados cavaletes com propaganda política que tomaram conta das ruas de Araucária, prejudicando a visão dos motoristas, dificultando a caminhada do pedestre e poluindo visualmente a cidade como um todo.
Ora, particularmente, não sei o que passa pela cabeça de um candidato que utiliza esses cavaletes para divulgar suas companhas. Afinal, nove em cada dez eleitores, numa conta sem base científica, simplesmente desaprova esse tipo de material. Ao contrário do que esses pretensos políticos pensam, os cavaletes não despertam no cidadão a vontade de lhes conceder o voto e sim o desejo de tacar um belo de um chute naquela estrutura de madeira.
A ojeriza aos cavaletes é ainda maior em Araucária depois de termos experimentado em eleições recentes a experiência de um pleito organizado, com regras de boa convivência entre candidato e eleitor, o que deixou nossas ruas mais limpas e, por consequência, a cidade mais bonita. Tão bom seria que nossos políticos tivessem entendido o recado e simplesmente tivessem se conscientizado de que esses cavaletes malditos não são a melhor maneira de comunicação com o eleitor.
E é justamente por considerar que os candidatos que colocam cavaletes nas ruas desrespeitam Araucária e sua população que já decidi que – em hipótese alguma – meu voto será deles. Afinal, se o sujeito já desrespeita um acordo de cavalheiros que todos sabemos existir por estas bandas no período eleitoral, imagine depois, caso seja eleito? Pode apostar que ele não nos representará da maneira como gostaríamos. Sim, porque se fosse esse seu intuito, o sujeito não traria para sua campanha algo que não aprovamos, como esses trambolhos.
Do mesmo modo, recomendo a todos que risquem de sua lista de possíveis candidatos àqueles que enfeiam nossa cidade com esses cavaletes. Ou, pelo menos, entrem em contato com esses postulantes, deem lhes prazo para retirar das ruas esse tipo de propaganda sob pena de perderem um eleitor. Fica à dica!
Comentários são bem vindos. Até uma próxima e boa semana a todos!
