Quando perder a paciência?

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Viver em coletividade é um exercício constante de tolerância. Os indivíduos que compõe uma sociedade têm suas características próprias, desejos e visões que, por vezes, divergem e até conflitam com a visão do outro. Quanto maior a capacidade de administrar essas diferenças e ainda assim respeitar a individualidade de cada um, maior é o desenvolvimento de um povo.

Porém, o desafio maior é estabelecer qual é o limite, até onde determinado comportamento ou postura serão tolerados. Esse limite é estabelecido por cada comunidade. Só para exemplificar, aqui no Brasil apreciamos a carne bovina sem nenhum tipo de restrição, coisa que não é aceita na Índia, onde a vaca tem um status de bicho sagrado. Cada sociedade tem sua tolerância aos temas e alguns indivíduos acabam, em determinado momento, se aproveitando dessa elasticidade moral.

Aqui em Araucária temos um exemplo interessante sobre essa discussão. Pedro Me dá Um Real, como é conhecido, é um cidadão que perambula pela região central pedindo “um real”. Só que, assim que tem chance, ele aproveita e pede um beijo para as mulheres. As pessoas não se importavam muito, ou não faziam nada, ou mesmo o toleravam, já que ele teria algum tipo de deficiência mental. Acontece que Pedro foi ficando mais ousado e acabou tentando agarrar algumas mulheres, que – corretamente – não deixaram quieto e o denunciaram. Resultado, ele foi preso e depois solto. Reincidiu. Foi preso de novo. E solto novamente. Agora ele teria tentado, segundo uma denunciante, violentar uma criança de onze anos.

O que fazer num caso destes. Enquanto não atravessar a linha, tudo bem. Mas e agora (se for mesmo o caso)? É claro que essa tolerância tem um limite, mas qual será? Depois dessas denúncias todas, alguém pode começar a pensar se, lá atrás, a sociedade já não deveria ter sido mais severa com esse sujeito, até para que não cometamos o mesmo erro com outros personagens caricatos que possam vir a surgir em Araucária. Pense nisso e boa leitura.

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