Quatro novos estão garantidos

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Recordo-me que quando da discussão acerca de qual seria a quantidade ideal de vagas em nossa Câmara de Vereadores ouvi muitas pessoas argumentarem que a ampliação de onze para quinze cadeiras significaria a garantia de que teríamos, pelo menos, quatro novas caras em nosso parlamento municipal e que essa renovação nos daria condições de termos um Poder Legislativo diferente, sem os velhos vícios da política local.

Particularmente sempre combati essa tese. Primeiro porque afirmar que a criação das novas vagas é necessária para garantir uma renovação pressupõe admitir, por consequência, que as cadeiras existentes já têm dono independentemente do trabalho que realizem e, penso, isso significa que nosso sistema político não tem salvação. Segundo porque, ora, não há garantia de que os novos edis não estariam contaminados pelos velhos vícios da política local. Mas, deixemos de lado essa discussão, até porque a discussão do aumento das cadeiras está, pelo menos por enquanto, superada.

O convite que faço aqui é para que reflitamos sobre um fato e não uma conjectura. Mesmo sem o acréscimo de cadeiras na Câmara já temos garantida que praticamente 50% dos ocupantes das vagas no Legislativo pertencerão a novas pessoas. Isso porque, de cara, quatro edis não disputarão a reeleição legislativa. Adriana Cocci, Alex Nogueira, Clodoaldo Pinto Junior e Pedrinho da Gazeta. Ou seja, as tais quatro novas vagas que tanto queriam aqueles que defendiam quinze cadeiras estão aí! E, acredito, o número de novos vereadores será ainda maior. Penso que pelo menos outros dois que tentam a reeleição não conseguirão sair vencedores das urnas em 2 de outubro, o que amplia para mais de 60% a dita renovação no parlamento a partir de 1º de janeiro do ano que vem.

Resumindo, a tal da renovação acontecerá. O que tem me deixado pensativo, no entanto, é que – pelo discurso que tenho ouvido da maioria dos agora candidatos a vereador, poderemos ter é uma surpresa muito da desagradável com aqueles ditos novos que assumirem seus mandatos em 2017. A renovação, valha-me Deus, pode ficar somente nos rostos e não na mentalidade.

Digo isso porque a grande maioria dos que estão aí pré-candidatos segue fazendo suas campanhas com os mesmos discursos dos que historicamente se elegeram em nossa cidade. Um discurso assistencialista, de conchavos, negociações nada republicanas, promessas impossíveis de serem cumpridas e sem compromisso algum com o binômio basilar do trabalho do parlamentar, que é fiscalizar e legislar!

Justamente por isso é preciso que fiquemos atentos para acabar não comprando gato por lebre e, ao invés de promovermos uma benéfica renovação em nossa Câmara, acabarmos fazendo exatamente o contrário!

Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima!

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