Aquelas roupas escondidas há meses e que estão apenas ocupando espaço em casa podem ser muito mais úteis e aquecer alguém que não tem o que vestir neste frio. Por isso, a Comunidade Terapêutica Fonte de Água Viva (FAVI) está recebendo doações e já tem destino para todas elas. “Como atendemos dezenas de dependentes químicos carentes, nós precisamos principalmente de peças masculinas como calças e blusas para que possamos entregar a esses rapazes”, afirma Daniele dos Santos Fernandes, responsável pelas distribuições.
Além disso, o local possui um bazar com o objetivo de arrecadar fundos para o tratamento dos dependentes atendidos no local. “Nossa proposta é oferecer roupas femininas, masculinas, infantis e até eletrodomésticos e móveis com valores entre R$ 0,50 e R$ 10,00 para ajudar nas despesas da instituição, mas também somos procurados por diversos meninos de rua que não tem o que vestir, e nem sempre temos peças disponíveis pra eles”, conta.
Segundo ela, isso acontece porque 80% das doações recebidas são de roupas femininas. “Claro que vamos receber qualquer produto que nos oferecerem, mas se você tem peças de roupas masculinas que não usa mais, traga pra nós ou entre em contato para que possamos buscar”, convida.
Serviço
A Comunidade Fonte de Água Viva (FAVI) fica localizada na avenida Independência, 263, onde possui o bazar beneficente e também recebe doações de alimentos, materiais de higiene e de limpeza. “Além disso, é possível contribuir com qualquer valor depositando-o em nossa conta da Caixa Econômica, agência 0998, código 003, c/c 44-4”. Mais informações pelo telefone 3642-8114 ou pelo e-mail faviaraucaria@outlook.com.
A FAVI
A Comunidade Terapêutica Fonte de Água Viva (FAVI) abriga atualmente 30 dependentes químicos, mas tem capacidade para atender até 55. “Nossa equipe é formada por muitos voluntários, então os rapazes têm acesso ao tratamento completo com médico, psicólogo, psiquiatra e até uma advogada que ajuda nos processos referentes ao INSS”, contam os responsáveis.
Além disso, eles participam semanalmente de um encontro no qual podem contar suas dificuldades e vitórias. “É um momento aberto para voluntários da comunidade que querem dedicar seu tempo para ouvir essas pessoas, para as famílias dos residentes e até para outros dependentes. Afinal, ouvir a experiência de alguém pode fazer com que esses jovens decidam mudar de vida”, finaliza.
Texto: Raquel Derevecki / FOTO: EVERSON SANTOS