Quem está ganhando com tudo isso?

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A revista Veja trouxe na sua edição da semana passada uma matéria sobre a cidade administrativa que o governador Aécio Neves (PSDB) está construindo em Minas Gerais. O complexo de prédios foi idealizado pelo arquiteto Oscar Niemayer e abrigará dezesseis mil funcionários públicos que antes davam expediente em 53 endereços diferentes. O projeto de Aécio de centralizar diversos órgãos públicos num único espaço faz parte do chamado choque de gestão, que norteou toda a sua estada no Palácio Tiradentes, sendo reconhecido nacionalmente e até internacionalmente como modelo de política calcada na busca da eficiência e qualidade da administração pública.
 
Para justificar os vultuosos recursos públicos investidos na cidade administrativa, o Governo de Minas explicou que a centralização das repartições irá resultar numa economia gigantesca com aluguéis de imóveis, telefonia e telecomunicações, energia elétrica e outros. Ou seja, em médio prazo a cidade administrativa se paga e não demora muito os recursos que antes eram jogados fora por conta da descentralização burra que vinha sendo feita pelo estado mineiro já poderá ser investido em obras que beneficiem a população.
 
Enquanto o governo tucano mineiro nos dá exemplos de eficientização da administração pública, a administração tucana araucariense segue justamente o caminho inverso. Aqui, as palavras da moda são “alugar imóveis”, descentralizando de forma precária os serviços públicos municipais. Temos Cmeis funcionando em imóveis onde até algumas semanas moravam cinco pessoas. Temos barracões locados há mais de meses e que até agora continuam fechados e a Prefeitura pagando o aluguel. Temos candidatos a vereadores derrotados na eleição passada que fecharam os comércios que mantinham há anos na cidade só para locar esses espaços para o Município. Isto sem contar o nada salutar hábito de quem assume o comando da cidade de ficar mudando as repartições públicas mantidas em prédios alugados de um endereço para outro, sem nenhum critério técnico plausível. Muda-se simplesmente por mudar e não porque a mudança resultará numa melhoria do serviço público oferecido ao cidadão.
 
É, depois dessas poucas linhas já é possível identificar quem sai perdendo com esta prática de alugar para a Prefeitura até o carrinho do pipoqueiro. Agora, a pergunta que é preciso que façamos para nós mesmos é: quem está ganhando com tudo isso? Pense sobre o assunto e interaja sobre o tema no blog www.oquevocenaosabia.com.br.
 
W. Barboza
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