Quem somos nós?

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A vontade de tomar atitudes corretas e fazer escolhas adequadas é básica para sermos bem sucedidos. Se não buscarmos fazer o bem, para nossas vidas e para o mundo conhecido, como iremos achar o caminho para atingir à felicidade? As pessoas que mostram fé em valores positivos e apostam na força do bem, procurando praticá-lo, certamente levam a vida com maior tranquilidade. Assim agindo, cercam-se de eventos positivos e usufruem com maior plenitude a existência terrena, superando mais facilmente as adversidades. Barack Obama, presidente da maior potência militar e econômica existente, recentemente visitou o fóssil mais antigo já descoberto e chamou minha atenção para um fato óbvio: a brevidade de nossa existência. Conhecido como “Lucy”, o achado arqueológico visitado por Obama corresponde ao esqueleto parcial de um hominídeo que viveu há 3,2 milhões de anos e foi descoberto na Etiópia. Mesmo com todos os progressos sociais e científicos nossa existência dura, em média, 70 anos. A presença de Lucy comprova que existem coisas maiores e mais amplas do que as certezas que acreditamos ter. Nossa breve existência terrena tem um peso realmente limitado na dinâmica do universo. É difícil compreender, portanto, que as pessoas ajam com enorme violência, moral e até física, quando são confrontadas com a diversidade e com aquilo que as contraria. Presenciamos diariamente atitudes agressivas adotadas frente à discordância em temas políticos, religiosos ou até sociais. Nossa sociedade tem mostrado um grau de intolerância que precisa ser estudado. Seguir nesta espiral de violência ascendente é comprometer o futuro e evitar isso é uma tarefa de todos. Precisamos barreiras para balizar o comportamento social, normalmente através de leis escritas, pois sem elas aceitaríamos quase qualquer coisa frente à incerteza que nos dominaria. É exemplar a legislação de proteção à infância, que faz com que se respeite o amadurecimento das personalidades antes de expô-las à luta pela sobrevivência e as opções possíveis à vida adulta. O principal balizador das pessoas moralmente evoluídas, no entanto, deve ser o esforço aplicado na prática do bem e na evolução constante. Raul Seixas cantava que “Prefiro ser/Essa metamorfose ambulante/Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo…”. Provavelmente, o poeta percebia a existência de questões realmente complexas e recomendava rever continuamente os conceitos pré-existentes. Frente a tantas indagações que escapam de nossa compreensão, explica-se a frase que Sócrates teria dito: “Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa.”. Portanto, quando estivermos frente ao radicalismo e a intolerância, freqüentes nos dias atuais, é prudente nos acautelarmos. Afinal, nossa existência e mesmo a história conhecida é muito pequena frente ao tempo decorrido desde o nascimento de Lucy, por exemplo. Devemos ter a mente sempre aberta a novas revelações, evitando insistir no caminho do erro. Aqueles que se acham concessionários exclusivos da verdade, na maioria das vezes, estão errados e não devemos segui-los.

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