Repasses

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Inegável que a operação de­flagrada em Araucária na semana passada pelo Ministério Público local com o apoio do Gaeco anda causando certa aflição em muita gente por aí.

Mais aflição ainda porque, como se sabe, o dia D da operação, ao contrário do que muitos pensam, não é o final da tempes­tade. É apenas o começo.
Tanto é que desde quinta retrasada são diversos os relatos de pessoas e mais pessoas sendo intimadas pelos promotores locais para prestar esclarecimentos.

E, por incrível que possa parecer, aquilo que muita gente considerou impossível, aconteceu: os chamados falaram. Admitiram a prática do repugnante repasse. Gente que era nomeada para ser cargo em comissão na Prefeitura ou na Câmara, mas que não ficavam com a totalidade de seus vencimentos. Precisavam entregar boa parte de seu soldo mensal ao padrinho.

A admissão de que a prática existia e talvez ainda exista não deve surpreender muita gente. Afinal, à boca pequena, todo mundo comentava. Agora, no entanto, o que era só comentário virou fato. Virou prova de um crime. Crime este que os praticantes terão que responder e pagar por eles.

A torcida é para que, mais do que punir os que usaram de tal prática, a ação do MP também seja pedagógica para os que talvez, sabe-se lá, ainda a pratiquem ou estejam pensando em praticá-la. Se conseguirmos só isto, tudo terá válido a pena! Pensemos nisso e boa leitura.

 

Publicado na edição 1109 – 19/04/2018

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