Saúde notifica 100 casos da síndrome mão-pé-boca

Bolhas estão entre os principais sintomas
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Saúde notifica 100 casos da síndrome mão-pé-boca
Bolhas estão entre os principais sintomas

 

O aumento repentino do número de crianças contaminadas pela síndrome mão-pé-boca está deixando os pais preocupadíssimos. E a angústia não é em vão, pois esta semana a Secretaria Municipal de Saúde confirmou que Araucária tem atualmente em torno de 100 casos notificados. A maioria dos atendimentos foi realizada no Pronto Atendimento Infantil, porém, parte das notificações são provenientes de crianças de outros municípios.

Esses casos suspeitos estão sendo acompanhados pela Vigilância Epidemiológica para confirmação do diagnóstico. A Saúde lembra que recentemente alguns casos notificados como suspeitos foram negativados com a síndrome. A Saúde adiantou que todas as crianças estão sendo atendidas pelos serviços de saúde do município. Além da instituição de tratamento pertinente, os pequenos recebem atestado para ficarem afastados do convívio escolar.

Aflição

Muitas mães estão aflitas com a situação, com medo de que seus filhos contraiam a síndrome. Outras, no entanto, já convivem com o problema, pois os filhos foram contaminados. É o caso da Daiana Santini, que tem uma criança de três anos que está com a síndrome. “Desde o dia 17 estou correndo com o meu filho, já levei ao PAI com febre e foram receitados alguns medicamentos, que não surtiram efeito. Tive que retornar ao posto porque ele estava com muita febre, e foi receitado antibiótico. Logo depois começaram a aparecer as pintas pelo corpo todo. Voltei ao posto e receitaram xarope antialérgico. Ele está com a boca cheia de feridas, não consegue comer direito. Tem sido bem difícil ver meu filho sofrendo com essa doença”, relata.

Daiana também acredita que o PAI deve fazer um diagnóstico mais preciso e iniciar a medicação correta o mais rápido possível. A escola ou CMEI que a criança estuda também devem ser comunicados para que os demais pais fiquem em alerta.

A mãe Karina Amorim Ferreira também teve a filha de três anos diagnosticada com a doença. A criança já se curou, mas ela lembra dos dias amargos que passou. “Ela começou com uma febre alta não comia. Aí levei no PAI e a médica disse que era uma virose e infecção de garganta. A febre não baixava e logo surgiram as bolinhas, em maior número no céu da boca e depois em outras parte do corpo. Foram longos dias de tratamento, pois a cura da síndrome pode durar entre 10 dias ou mais”, contou. A mãe lembra que na ocasião, outras crianças da creche da filha também pegaram a síndrome, que se alastra com rapidez.

Orientações aos pais

As orientações dadas pelas Secretaria de Saúde aos pais são as mesmas repassadas aos profissionais da área:

– Lavar as mãos frequentemente, especialmente após usar o banheiro ou manipular fraldas;
– Não compartilhar utensílios: copos, talheres, alimentos, mamadeiras e chupetas;
– Lavar com água e sabão objetos manipulados pelas crianças: brinquedos, móveis, bancadas, etc;
– Afastamento das pessoas doentes da escola ou CMEI até o desaparecimento dos sintomas (geralmente 5 a 7 dias após início dos sintomas);
– Alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina e sorvete, são mais fáceis de engolir; já os alimentos ácidos, muito quentes e condimentados são mais difíceis;
– Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles;
– As crianças devem ficar em casa, de repouso, enquanto durar a infecção.

 

Sinais característicos da doença

Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
Aparecimento na boca, amígdalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;

Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.

 

Foto: divulgação

Publicado na edição 1106 – 29/03/2018

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