Sem consenso é crime e ponto!

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Nesta edição, em nossa página 22, trazemos uma matéria especial sobre um dos temas que mais dominou o noticiário nacional nas últimas semanas: o estupro coletivo sofrido por uma adolescente carioca num morro da dita Cidade Maravilhosa.

Como não poderia deixar de ser, tentamos dar ao assunto, digamos assim, “ares mais locais”. Afinal, este tipo de crime, ao contrário, do que alguns imaginam, não é algo que acontece somente em grandes centros. Muito pelo contrário. Não temos dimensão do tamanho deste problema aqui mesmo em Araucária. Diariamente, mulheres já adultas, adolescentes, crianças e bebês são vítimas de violência sexual e, infelizmente, muitos desses casos sequer chegam ao conhecimento das autoridades. E isso acontece exatamente porque a maldita da cultura do estupro tende a transformar vítima em culpada e, por conta disso, o culpado acaba sendo alguém que apenas agiu instintivamente a uma – pasmem – provocação.

Foi isto, aliás, o que vimos no caso da adolescente carioca. Muitos ousaram culpá-la, levando em conta um suposto comportamento promíscuo de sua parte. Ora, na análise de casos de estupro, isso jamais deveria ser levado em conta. A pessoa, seja ela do sexo masculino ou feminino, sempre deveria ser considerada estuprada se foi submetida a ato sexual sem o seu consentimento e/ou sem poder formar raciocínio sobre esse consentimento. E toda vez que aceitamos negociar essa condição para definição do que é ou não violência sexual estamos, na verdade, regredindo enquanto sociedade.

Precisamos definitivamente pararmos com essa história de culpar a roupa da vítima, seu comportamento, o lugar por onde ela estava passando e assim por diante. Não chegamos ao século XXI para ainda termos que conviver com estupradores declarados. Gente que se orgulha de ter embebedado alguém para levá-lo para cama, de ter seduzido uma criança a praticar um ato libidinoso, de ter comprado sexo daquele que não poderia vendê-lo, entre outras práticas. Todos que fazem isso são sim estupradores e precisam ser punidos!

Pensemos nisso e boa leitura.

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