Semana de dois dias e meio

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Durante os dias 27, 28 e 29 de agosto ocorrerá a chamada “Semana pedagógica”. Um evento de formação dirigido aos trabalhadores em educação do município. O diferencial neste ano é o método adotado pela Secretaria de Educação. Uma semana de três dias, que inicia na quinta e encerra-se ao meio dia de sábado.

Na tentativa de evitar a concentração de professores e economizando com a formação docente, não ocorrerão palestras ou mesas de debate mais coletivos. Cada escola fará um debate internamente sobre a orientação da equipe pedagógica de cada escola.

A concentração dos professores é sempre um problema. Em primeiro por que não há muitos espaços com boa acústica em Araucária. Mas há alternativas. Grupos menores ou regionais são possíveis de serem realizados.

Outro problema da concentração é o risco de vaias e protestos devido a um quase unânime descontentamento com a gestão pública municipal e com o desrespeito a carreira por parte da prefeitura. Professores e demais servidores estão a 20 meses com progressões e progressões devidas e atrasadas.

Fugir da raia não resolve o problema. Há muito que o Prefeito Olizandro não aparece em determinados eventos públicos. Uma inauguraçãozinha aqui, uma obrinha acolá e olha lá! Deve ser difícil dormir com tanta rejeição popular. Entre os servidores públicos, podemos considerar que a gestão Olizandro não goza de muita credibilidade.

Lembremos do choque de gestão pretendido por Olizandro Ferreira, prefeito municipal. Pela educação, podemos afirmar que muito pouco mudou. Alias piorou o cenário. Exceto alguns esforços despendidos pelos servidores de carreira, não há muito pra comemorar.

O Departamento de Saúde Ocupacional, que deveria propor ações de melhoria da saúde dos servidores públicos só fez aumentar o controle do absenteísmo e não propôs nenhum programa de prevenção ao adoecimento. Só faz pericia e são inúmeras as reclamações de péssimo atendimento.

Os prédios públicos, sem a devida manutenção, cada vez mais precários. Carreira paralisada. Os netbooks por aluno, gastos volumosos da gestão passada, abandonados ou subutilizados. Problemas que só aumentam.

Agora, mais essa. Fica a formação pedagógica desta gestão marcada por uma sensação de que “qualquer coisa serve” e de que a administração não quer se submeter a avaliação daqueles que vem sendo lesados por ela. Retirados do direito a receber seu salario condizente com a sua formação e que os 33% de hora-atividade sejam implementados em sua jornada, os professores tem toda razão de protestar.

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