Os números do coronavírus em Araucária ainda são tímidos quando comparados ao de outras regiões do país e do mundo. Isto, porém, não quer dizer que devamos afrouxar o trabalho de prevenção, contenção e enfrentamento à doença.
Isto porque é justamente esse senso de alerta que acionamos nas últimas semanas que está fazendo com que a doença se mantenha razoavelmente controlada por estas bandas. Senso este, diga-se de passagem, que até os mais descrentes do perigo da Covid-19 acionaram.
Manter o senso de alerta, porém, não é algo fácil. Isto porque, com o passar das semanas, a tendência é afrouxar os cuidados. Por não verem a doença nos arredores, muitas pessoas tendem a achar que ela “não é tudo aquilo” quando – na verdade – o sucesso em mantê-la distante se dá justamente porque não afrouxamos os cuidados.
No final de semana passado, por exemplo, vimos muitas pessoas nas ruas, andando com suas famílias, sem qualquer tipo de proteção ou algo assim. Atitude esta muito perigosa. O coronavírus é uma doença ardilosa, que vai escolher os mais desatentos e mais fragilizados imunologicamente para se manifestar.
A sua saída com a família sem necessidade inadiável é a chance da Covid-19 fazer do seu corpo um mero hospedeiro para chegar àquele membro da sua família mais idoso ou do seu vizinho de condomínio com alguma comorbidade e, assim, talvez mesmo involuntariamente, você tenha sido o caminho da morte de alguém.
Vamos todos nos manter atentos. Vamos todos cuidar de si e do próximo. Nunca o ensinamento bíblico “ame ao próximo como a si mesmo” fez tanto sentido como nos tempos atuais. Então, independentemente de seu credo ou da falta dele, vamos praticá-lo. Pensemos todos nisso. Boa leitura! E, se puder, fique em casa!
Publicado na edição 1208 – 16/04/2020
