Sempre vigilantes

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Num ano que se iniciou tão turbulento em Araucária, com várias mudanças em áreas muito sensíveis à comunidade, como o transporte coletivo e o trânsito, passando ainda pela própria mudança no estilo de se governar a cidade, é preciso que tenhamos cuidado ao elogiar e/ou criticar o que vem sendo feito.
É fato que Araucária precisava de um chacoalhão, mas também é fato que até um chacoalhão precisa ser dado de maneira correta e ainda não é possível afirmar com certeza se o que estamos vendo é uma balançada rumo a dias melhores ou não.
O que é possível afirmar, no entanto, é que as mexidas que estão sendo promovidas são sim um convite para que nossos moradores participem mais do dia a dia da cidade. Instrumentos para tanto existem. O exercício da cidadania não se resume ao voto. É preciso participar das sessões da Câmara de Vereadores, de conselhos municipais, de audiências públicas e assim por diante.
Do mesmo modo, é preciso também se inteirar da realidade financeira e burocrática que envolve uma administração pública. Só quem faz isso terá condições de não ser ludibriado por quem já faz. A ignorância das pessoas (e ignorância aqui é utilizada no sentido de definir as pessoas que ignoram algo) volta e meia vem sendo utilizada por empresas e políticos para que eles possam continuar fazendo o que bem entendem, sem se preocupar até que ponto aquilo vai afetar o dia a dia do cidadão comum.
E, não adianta, isto só vai mudar quando começarmos a fazer o dever de casa, quando começarmos a entender como funciona a dinâmica de um Município. Quando começarmos a participar e participar, que se deixe claro, não é simplesmente protestar, fechar rua, botar fogo em ônibus, fazer passeata, queimar pneu. Nada disso efetivamente gera avanço pensando a médio ou longo prazo. Aliás, os prejuízos causados por atos assim já estão até contabilizados nos custos da operação de quem faz o dever de casa.
Fica a dica então: aproveite­mos que estamos sendo chacoalhados e comecemos efetivamente a participar do dia a dia de Araucária. Pensemos nisso e boa leitura.

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