Sentimentalismo Barato!

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Ouvi dia desses de um político local que não era correto fechar o NIS 24 horas porque os araucarienses eram apegados a ele. Era como se fosse o pronto atendimento do coração de todos nós que, um dia, já sentamos naquelas cadeiras numa madrugada fria de julho a espera do médico recém-formado nos chamar.

Há alguns anos ouvi o mesmo argumento quando surgiu a notícia de que o empresário Hissam Hussein havia comprado o Hospital São Vicente de Paulo para transformá-lo numa pousada. Disseram-me que aquilo não era aceitável, pois existia uma relação de afeto da comunidade local com o local.

Mais recentemente, ouvi profissionais das escolas David Carneiro e Fonte Nova afirmar que ambas não poderiam ser cedidas ao Governo do Estado e terem seus nomes trocados porque a comunidade já tinha incorporados essas instituições ao seu cotidiano. De um pai de aluno, ouvi o absurdo de que seu filho não entenderia as razões da troca do nome e que ele havia sofrido imensamente quando a Escola Planalto dos Pinheirais passou a ser chamada de Escola Sebastião Tavares.

Também por esses dias, fiquei sabendo que evangélicos da cidade estavam indignados com o ex-prefeito Albanor José Ferreira porque ele havia trocado o nome da Praça da Bíblia para Praça Papa João Paulo II e que isso era uma afronta, um desrespeito aos não católicos.

Em outra oportunidade, acompanhei um conhecido cidadão araucariense quase que exigir que o Hospital Municipal de Araucária (HMA) fosse chamado de Hospital Josef Czaki, pois não era justo que esse médico polonês tivesse ganhado apenas a nomenclatura de uma rua da cidade.

Talvez eu é que seja o insensível, mas – sinceramente – não tenho apego ao NIS, não ligaria se o São Vicente tivesse virado uma pousada, não estou nem aí para que nome teria o HMA, estou me lixando para o nome da Praça e para quem vai administrar os prédios do David Carneiro e do Fonte Nova ou mesmo como se chama a Escola do Planalto.

Por outra banda, me preocupa pensar que o atendimento no NIS, no HMA e no São Vicente não é o adequado e que por conta disso pessoas podem estar morrendo. Fico horrorizado ao pensar que em nossas escolas, independentemente de quem as administre ou que nome tenham, não estamos oferecendo um ensino de qualidade, que prepare nossas crianças e jovens para exercer com plenitude sua cidadania. Do mesmo modo, fico irritado com a falta de praças e áreas de lazer existentes em Araucária. Mas, esses devem ser problemas menores, pelo menos por estas bandas.

Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima.

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