Será que não seria bom?

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A decisão, ainda não oficializada, dos vereadores de aumentar o número de cadeiras na Câmara de onze para quinze é algo que promete gerar muita polêmica em Araucária. Embora ela só vá ocorrer – de fato – ao longo do ano que vem, com os edis podendo estendê-la ainda para o primeiro trimestre de 2016, é salutar que a comunidade comece a pensar sobre o assunto.

A pergunta é: será que precisamos de mais quatro vereadores? Uma resposta mais apressada e considerando o desgaste da classe política perante a opinião pública resultaria num sonoro não! Até porque, convenhamos, o Poder Legislativo de uma maneira geral parece ter abdicado de sua função constitucional, que é fiscalizar e legislar. Vemos isso em Brasília, com o Congresso sendo citado muito mais em negociações de cargos e casos de corrupção do que em qualquer outra coisa. Presenciamos esse convescote entre Executivo e Parlamento também na esfera estadual e, por fim, não é muito diferente na esfera municipal, com os edis servindo basicamente como ratificadores, sem muita discussão séria, daquilo que é proposto pela Prefeitura.

Só por isso, os mais precipitados já diriam que inchar a Câmara com mais um quarteto de vereadores é desnecessário, além de uma forma de tornar ainda mais pesado o custo da máquina administrativa para o pobre do contribuinte. Pode até ser. Porém, e tendo em vista que, independentemente do número de integrantes, o orçamento do Poder Legislativo permanecerá o mesmo, é preciso analisar com mais cuidado essa possibilidade. Talvez – até como uma forma de combater essa reserva de mercado que se instalou no parlamento municipal e dividir a mega estrutura que cada edil possui atualmente – seja necessário ampliar o número de representantes eleitos pelo voto da população, possibilitando que pessoas diferentes, de outros segmentos de nossa sociedade também possam exercer a vereança. E, o mais interessante, que sem uma estrutura das mais abonadas, eles também não queiram se perpetuar no cargo. Pensemos nisso e boa leitura.

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