Servir com alegria

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Desde o início, a imagem de Maria, a mãe de Jesus, é de plena abertura para fazer em tudo a vontade de Deus. Seu coração se abre para dizer um sim, movido pela alegria de servir, ao responder ao anjo: ‘eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a sua vontade’. Uma atitude de quem se dispõe a viver de acordo com os desígnios de Deus. Um sim que brota do seu interior, exalando o perfume do amor, da doação, da humildade. O Senhor fez nela maravilhas, e, grande é o seu nome. Em nenhum momento ela se acha acima dos outros, mas, Deus é todo poderoso, e, ela apenas uma serva, uma servidora. Uma atitude de quem se coloca profundamente aberta a realizar somente e unicamente a vontade de Deus.

A serva do Senhor deixa sua casa em Nazaré, logo após o anúncio do anjo, e, vai ao encontro da sua prima Isabel, com quem permanece durante três meses. O encontro entre elas é característico de quem segue acima de tudo os planos do Pai. A saudação faz com que o filho de Isabel, João Batista, pule de alegria dentro do seu ventre. Maria, por onde passa, deixa marcas de uma pessoa alegre, feliz, porque toda sua vida está a serviço de Deus e dos irmãos. Ela simplesmente se desapega de suas vaidades, de seus orgulhos, da sua prepotência, para deixar Deus agir em sua vida. Por isso ela é extraordinária, modelo de vida, exemplo pleno de quem se dispõe a servir, de modo humilde e silencioso. Impressiona o silêncio de Maria durante a vida pública de seu filho Jesus. Ela se faz presente em alguns momentos, de modo discreto, como aquela que apresenta o filho de Deus ao mundo.

Com Maria, aprendemos a sublime arte de amar, e, isso quer dizer, fazer em tudo a vontade de Deus. Significa colocar a sua vida a serviço, de modo livre, pleno, tendo como característica principal, a alegria. Uma alegria que brota de dentro, do seu interior, na medida em que serve, faz o bem, simplesmente porque isso faz parte da essência da vida. Com Maria aprendemos a beleza do serviço, feito no amor, na gratuidade, que se manifesta na alegria. Quem trabalha de modo tenso, carregado, murmurando, reclamando do peso, certamente ainda não entendeu o jeito de ser e de viver dessa grande mulher, a maior de todas as mulheres. ‘Bendita és tu entre todas as mulheres’, é o que lhe disse a sua prima Isabel.

A nossa vida nesta terra é uma passagem breve, ainda que alcancemos cem ou mais anos. Mesmo assim é apenas um sopro diante da eternidade na outra vida. Somos nós que escolhemos o modo como a viveremos, como a conduziremos, pois a vida é feita de escolhas. Se olharmos para Maria, com certeza, aprenderemos que a beleza está em servir aos irmãos, com a alegria que brota de um coração livre e desarmado. Sinceramente, não vale a pena passar por este mundo vivendo de modo pesado, rancoroso, mal humorado. Pelo contrário, viver de modo leve, com bom humor, espalhando a alegria de poder servir e ajudar, sobretudo, aqueles mais carentes e necessitados.

O que caracteriza um cristão, seguidor de Jesus, é a alegria. Uma alegria que se manifesta no serviço espontâneo e gratuito. Nossa passagem neste mundo deve fazer a diferença, pois cada um de nós é único e especial. Assim viveram os grandes santos, os grandes homens, deixando marcas profundas por onde passaram. Inspirados em Maria, especialmente neste tempo de pandemia, sejamos servos capazes de partilhar, de ajudar, com a alegria que provém do interior. Pois, como disse São Paulo, ‘Deus ama a quem dá com alegria. Existe muito mais alegria em dar do que em receber’. Saibamos servir com alegria.

Publicado na edição 1225 – 13/08/2020

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