Araucária é a 2ª cidade mais violenta do Paraná para as mulheres

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Desde 1991, a campanha “16 dias de Ativismo pelo fim da violência contra as Mulheres” é desenvolvida anualmente entre 25 de novem­bro e 10 de dezembro, com milhares de organizações participando do evento em mais de 154 países e reafirma a necessidade urgente da existência de políticas públicas para acabar com esse problema que atinge as mulheres em todo o mundo.

A expressão máxima da violência contra a mulher é o óbito. As mortes de mulheres decorrentes de conflitos de gênero, ou seja, pelo fato de serem mulheres, são denominados feminicídios ou femicídios. Há em luta, a reivindicação da extinção do termo “crime passional” do código penal, pois quem ama não mata.

Na maioria das vezes, os assassinatos contra as mulheres são cometidos por homens, principalmente parceiros ou ex-parceiros, e decorrem de situações de abusos no domicílio, ameaças ou intimidação, violência sexual, ou situações nas quais a mulher tem menos poder ou menos recursos do que o homem.

No Brasil, no período de 2001 a 2011, estima-se que ocorreram mais de 50 mil feminicídios, o que equivale a, aproximadamente, 5.000 mortes por ano. Acredita-se que grande parte destes óbitos foi decorrente de violência doméstica e familiar contra a mulher, uma vez que aproximadamente um terço deles teve o domicílio como local de ocorrência.

No Paraná, a situação é mais alarmante, uma mulher morre vítima de violência doméstica a cada dia. De 2009 a 2011, foram registrados, em média, 345 óbitos por ano, ou seja, uma morte a cada 1, 05 dia. Segundo estudos recentes apontamos como o maior estado em índice de feminícidios da região Sul.

Também apresentamos um dos piores desempenhos em relação ao tratamento dispensado às mulheres no Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Violência Contra a Mulher no Brasil, de julho de 2013. O Paraná ficou em terceiro lugar em número de mortes de mulheres vítimas da violência doméstica do país, com taxa de 6,49 por grupo de 100 mil.

Entre os 100 municípios mais violentos do país, Araucária ocupa a 23ª posição e a 2ª cidade no ranking do Estado, ficando atrás apenas de Piraquara. Não há uma estratégia conjunta de políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres em nossa cidade. Proteger nossas mulheres e meninas é assunto sério e urgente. É preciso mudar essa história.

Diretoria do Sismmar
 

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