Professores trabalham muito

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Os recentes dados publicados de uma importante pesquisa coordenada pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e divulgada no final do mês passado, chegou a uma conclusão que para nós docentes, parece óbvia: professores brasileiros trabalham muito.

Segundo os dados coletados entre 14 mil docentes no segundo semestre de 2012, a carga horária semanal de aulas no Brasil é, em média, de 25 horas — 6 horas a mais que a média dos países que participaram da pesquisa, que é de 19 horas.

Além do número de horas, o professor brasileiro também enfrenta o desafio de salas superlotadas. O cenário fica ainda mais complicado ao se observar de que maneira é utilizado o tempo da aula: 20% é destinado a manter a disciplina e outros 12%, para realizar tarefas administrativas como fazer chamada. Aula mesmo fica com uma fatia de 67%.

Metade dos profissionais afirmam que não possuem formação pedagógica para todas as disciplinas que ensinam — segundo os entrevistados, esse conhecimento não é passado durante a faculdade. Cerca de 90% dos professores têm algum curso superior, mesmo que não seja específico para dar aula. Também é alto o percentual de docentes que dizem não ter formação prática para dar aula: 40%.

Muitos professores e professoras precisam assumir duas ou até três jornadas de 20h para complementar a renda. O resultado da pesquisa comprova o nível de sobrecarga e de intensificação do trabalho imposto aos professores atualmente.

Em tempos eleitorais muito se fala sobre educação. Propostas muitas vezes idênticas entre os candidatos de diferentes legendas. Todos os candidatos e candidatas afirmam que precisamos melhorar a qualidade do ensino. Mas poucos consideram o professor como elemento fundamental para as mudanças necessárias nesse campo.

Diretoria do Sismmar
 

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