Sismmar diz que metas do PME foram retalhadas, SMED que elas foram organizadas

Plano de Educação norteará as ações do ensino nas escolas de Araucária pelos próximo dez anos
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Plano de Educação norteará as ações do ensino nas escolas de Araucária pelos próximo dez anos
Plano de Educação norteará as ações do ensino nas escolas de Araucária pelos próximo dez anos

A proposta de Plano Municipal de Educação (PME) que chegou à Câmara na semana não agradou ao Sindicato dos Professores (Sismmar). Em seu site, a entidade disse que o texto proposto pela comissão que elaborou o documento foi retalhado pela Secretaria Municipal de Educação (SMED).

Conforme o Sismmar, das 41 metas que integravam o documento original restou dezessete. O sindicato ainda questiona o fato de uma meta do PME considerada angular, que é o financiamento da Educação, ter sido suprimida da versão final do projeto de lei. “A meta angular do PME é o financiamento. Sem uma definição clara sobre quanto será aplicado em cada modalidade de ensino, o plano de educação não passa de letra morta”, escreveram.

A entidade ainda argumenta que o documento enviado à Câmara legitima a entrega do ensino do 6º ao 9º ano ao Estado. Por fim, o Sismmar diz que o PME que o Município quer aprovar não é ambicioso e sim medíocre.

Documento foi organizado

Questionada sobre as mudanças que ocorreu na proposta final do Plano de Educação, a secretária municipal da pasta, Janete Miotto Schiontek, defendeu o texto enviado à Câmara de Vereadores. Conforme ela, não houve praticamente nenhuma supressão das metas discutidas pela comissão que elaborou a versão inicial do PME. “O que houve foi uma organização dessas metas. Com isso, algumas metas passaram a ser estratégias incluídas dentro de grandes metas. Foi por isso que houve a redução de 41 para 17”, explicou.

Ainda segundo ela, nas discussões com as demais secretarias envolvidas na análise final do documento que seria enviado à Câmara houve a necessidade de adequar alguns pontos pro­postos pela comissão que, na verdade, já foram superados no Município. Um exemplo seria a ideia de voltar a realizar concursos públicos para atividades meio, como a limpeza. Há mais de dez anos esse serviço é rea­lizado por meio de uma empresa terceirizada, assim como acontece em praticamente todos os órgãos públicos do país. No entanto, havia uma proposta no Plano de voltar a contratar diretamente essa categoria de profissionais, o que não é uma pretensão do Município.

Outro ponto abordado por Janete foi o financiamento da Educação. Na proposta inicial havia a ideia de que ao final de dez anos o mínimo de investimento do Município com o setor subisse dos atuais 25% do orçamento para 35%. Esse ponto foi retirado da proposta final enviado à Câmara. “Esse conjunto de secretarias responsável pela versão final do PME considerou mais oportuno não estipular um limite mínimo diferente do que a lei prevê atualmente. É uma opção mais conservadora, mas que não interfere nas demais metas”, avaliou a secretária.

Em cima do laço

Na Câmara desde a semana passada, o projeto de lei do PME precisa estar aprovado e sancionado até o dia 25 deste mês. Do contrário, a cidade pode perder recursos federais para as escolas municipais, já que é essa uma das sanções estipuladas pela União para aqueles que não fizes­sem o dever de casa de ter em lei o PME até o final deste mês. Conforme o presidente da Câmara, Wilson Roberto David Mota (PROS), a proposta já está nas mãos das comissões permanentes da Casa e deve ser discutida em plenário dentro do prazo.

Texto: Waldiclei Barboza / FOTO: EVERSON SANTOS

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