Sobre…2

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A primeira coisa que pensei foi em não escrever mais para o jornal depois de ler que a Companhia em que eu, alguns amigos e colegas trabalhamos, e trabalhamos muito, deveria ser fechada. Depois encontrei algumas pessoas que afirmaram ler minha coluna, uma amiga que afirma que a mãe lê o que escrevo e uma pessoa admirável que afirmou ter usado uma de minhas frases em um de seus projetos. Resolvi então continuar por aqui. Mas escrever sobre o quê?! Sobre acreditar que uma cidade precisa de políticas de longo prazo, sobre parecer que ao invés de estarmos dando os primeiros passos para uma caminhada de sucesso, estamos apenas sapateando na lama, sobre para que existe um plano de mobilidade sendo escrito se os gestores não o leem, sobre o que me interessa se a empresa é ou não é do prefeito, sobre esperar apenas que as vítimas estejam bem, sobre a greve dos motoristas de ônibus não ser realmente culpa do prefeito, sobre a linha extinta não poder infelizmente, por questões jurídicas, ser mantida pela Prefeitura, sobre o pessoal que apoiou o Rui ter ido dar “close” na manifestação dos moradores do Tupi na Câmara de Vereadores, sobre o fantasma do CAIC (isso o Sandi já fez), sobre os episódios de preconceito racial que se repetem na cidade (isso o Sandi também já fez), sobre as pessoas que usam de falsa militância para defender única e exclusivamente interesses pessoais (não estou falando do Sandi), sobre mandar uma indireta no Facebook sobre preconceito contra LGBts para uma pessoa e atingir cinquenta (isso é sintomático), sobre os “burros com iniciativa”, sobre quais são as funções de um vereador, sobre o grande problema de nossos edis com os plurais, sobre a aparente ignorância de alguns secretários sobre o que é gestão pública, sobre o desinteresse em estudar para o cargo que se quer ocupar, sobre todo o conteúdo que existe disponível sobre administração pública e gestão, mas que aparentemente são inúteis já que as pessoas que administram cidades não se interessam em conhecê-lo, muito menos em utilizá-lo, sobre um instrutor de curso livre ganhar R$ 9.000,00 em Araucária e os SESC depois de teste seletivo, comprovação de formação, experiência e entrevista pagar R$ 2.900,00 para esse tipo de atividade, sobre uma amiga da minha mãe ter contado que está recebendo em torno de R$ 600,00 por mês depois de terem cortado um abono que ela recebia, sobre estarmos curiosos e apreensivos com o valor do IPTU, sobre querermos saber quando será marcada a primeira reunião do Conselho Municipal de Política Cultural, sobre porque ainda não foram iniciadas as discussões sobre a criação dos fóruns regionais de cultura, sobre todo mundo saber fazer melhor que o funcionário público o trabalho do funcionário público (em qualquer área), sobre o funcionário público ser “vagabundo e ganhar bem”, mas todo mundo querer ser funcionário público (não parece um pouco antiético?), sobre o papelão ser o que menos me incomodou dentre as coisas que colocam na carne que consumimos, sobre terem mandado pra câmara dos deputados o projeto da terceirização, sobre ninguém mais ter falado sobre o que o Rui está comendo na cadeia… é muito difícil escolher sobre o que falar em um país tão cheio de assunto…

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