Araucarienses abrem o coração e relatam o que é “ser mãe”

Foto: Marco Charneski
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

As mães são figuras tão especiais e poderosas em nossas vidas que nem sempre conseguimos encontrar palavras para descrevê-las. Mães são tão importantes, que foi criado um dia totalmente dedicado a elas, o segundo domingo de maio. Sim, um domingo, porque é o dia em que os filhos costumam se reunir ao redor de uma mesa farta, para se deliciar com as comidinhas da mamãe e colocar a conversa da semana em dia. E é claro, trocar beijos e abraços. Este ano, a data dedicada a essas rainhas é 9 de maio. A data é simbólica, porque como elas mesmas fazem questão de dizer, Dia das Mães é todo dia.

Dia das mães trabalhadoras, mães com necessidades especiais, mães adotivas, enfim, mães de todos os tipos e de todos os nomes, porém com uma característica em comum: o amor incondicional pelos filhos. Para homenagear todas elas, o Jornal Popular preparou esse especial, com depoimentos super emocionantes. Confira.

Quatro gerações que transbordam amor

Araucarienses abrem o coração e relatam o que é “ser mãe”

Rita (72 anos) que é mãe da Joise (49 anos), que é mãe da Andressa (29 anos), que é mãe da Alice (1 aninho), formam as quatro gerações de uma família. No papel principal, Rita é bisavó, Joise é avó, Andressa é mãe e Alice é a filha. Dentro dessa junção, existe uma história cheia de amor, amizade e muita cumplicidade. E quem vai nos contar um pouco sobre esse relacionamento entre elas é a Andressa. “A amizade é um laço forte entre nós. Minha mãe sempre foi minha confidente, minha vó sempre confiou em mim para contar tudo e quero que isso se estenda para a minha filhinha Alice. Não vivemos uma sem a outra. Nos falamos todos os dias, mesmo que seja por vídeo chamada. No começo da pandemia sofremos um pouco, porque fomos obrigadas a não nos ver presencialmente, mas com os cuidados necessários, esse contato foi sendo retomado. Quando a Alice nasceu, no auge da pandemia, minha vó estava ansiosa e queria muito conhecer a bisneta. Então organizamos um pequeno drive thru, levamos a Alice até ela, que pode conhecer a bisneta de dentro do carro. Foi muita emoção. Ela não fica um dia sem ver a bisnetinha, principalmente agora que virou uma vó moderna, adepta das tecnologias, e passou a fazer vídeo chamadas frequentes”, relata.

Todas elas são mães que batalharam e batalham muito para criar as filhas. Rita Gembaroski trabalhou durante anos na Labra e hoje está aposentada. Joise Gorretti Ribeiro é auxiliar de escritório, mas atualmente está afastada por problemas de saúde, e Andressa Camilly Ribeiro é advogada. A relação de cumplicidade entre elas é muito bonita, e cada uma, do seu jeito, descreveu o que é a maternidade. “Ser mãe é uma dádiva de Deus, é um presente muito lindo. Meus filhos são abençoados, são minha razão de viver. Eles são tudo para mim e eu os amo muito. Um deles já foi morar com Deus, mas ainda vive no meu coração”, disse Rita.

Para a Joise, “ser mãe é saber que Deus te deu o maior presente do mundo. Ser mãe é dom de que chegamos mais próximos de Deus, é poder gerar uma vida”.

Andressa acredita que ser mãe é experimentar o sentimento mais puro, o verdadeiro amor. “É um misto de sentimentos, é preocupação, é alegria, é mágico, é ter um amor que não conhece limites, é se descobrir uma nova mulher, cada vez mais forte, para que possa cuidar e proteger sua cria. Ser mãe é uma dádiva, uma benção. É sentir a melhor sensação/emoção ao ver o rosto de sua filha”.

O desafio de trabalhar em casa, ser mãe e professora durante a pandemia

Araucarienses abrem o coração e relatam o que é “ser mãe”
Foto: Marco Charneski

Em meio ao caos causado pela pandemia, quando a gerente administrativa Michelle Milani teve que transformar sua casa em um escritório, ao mesmo tempo em que o filho Pedro Jorge, de 9 anos, passou a ter aulas remotas, o primeiro sentimento que veio à tona foi o medo de não dar conta. Michelle se viu diante do desafio de conciliar uma jornada tripla, cumprir horário de trabalho, ajudar o filho nas aulas remotas e ainda assumir as atividades cotidianas do lar. “O home office foi novidade pra mim, no começo tive bastante dificuldades, até me adaptar à rotina. Tinha receio de que com o meu filho em casa, não conseguisse desempenhar minhas tarefas na empresa. Então, a gente estabeleceu algumas regrinhas. Esse ano o Pedro voltou a frequentar a escola, no sistema híbrido, ainda assim, passa uma semana em casa comigo. Ele tem aula pela manhã, e na verdade a semana que ele fica em casa é mais tranquila pra mim, pois não tem a correria de levar ele pra escola e ir buscar”, comenta Michelle.

Aos poucos, a jornada tripla foi deixando de ser um bicho de sete cabeças para a gerente administrativa. Ela consegue desempenhar com maestria o papel de mãe, trabalhadora e professora do próprio filho. “Me organizei e tudo está dando certo. No início da manhã faço meu trabalho com mais tranquilidade, separo um horário para fazer o almoço, dar uma arrumada na casa, e quando o Pedro está no seu tempo livre, me desdobro entre trabalhar e ficar de olho nele. Sem dúvidas, posso dizer que essa tem sido a melhor fase da minha vida como mãe. Eu e o Pedro ficamos muito mais tempo juntos. A melhor parte do home office com certeza é essa, estou mais realizada profissionalmente do que nunca, e agradeço a empresa onde trabalho, a Arau Car Locação de Veículos por me dar essa oportunidade de poder ficar mais perto do meu filho”, disse Michelle.

Família Soares Cordeiro: um lar de muitas mães e carinho

Araucarienses abrem o coração e relatam o que é “ser mãe”

Ter uma mãe é algo maravilhoso, mas ter duas mães, é excepcional. Sandra Mara Cordeiro e Tatiane Soares Cardoso são casadas há 13 anos, e juntas, construíram uma relação de amor, respeito e cumplicidade. No contexto familiar, as duas filhas de Sandra acabaram ganhando uma segunda mãe. Isso mesmo! Tati, como é carinhosamente chamada, adotou as meninas, assim como ela e a esposa Sandra também adotaram como filhas, as duas netinhas. “Sempre que minhas filhas precisam sair, elas deixam as meninas com a gente, e é uma alegria imensa cuidar delas. Eu sou a vó mais rígida, educo, brigo, cobro, mas tudo com muito amor e carinho. Já a Tati é a vó boazinha, faz comida, envolve as netas para fazer um bolo, chama elas para ajudar nas tarefas da casa, e tudo pra elas vira farra, vira bagunça. Tudo que as três vão fazer juntas, acaba em festa”, relata Sandra.

Ela conta que desde o momento em que as filhas conheceram sua esposa, se apaixonaram por ela, passaram a tratá-la como uma segunda mãe. “Elas não têm vergonha de abraçar a Tati, de beijar, de postar fotos com ela e dizer que a amam como mãe. Elas sabem que a Tati cuida de mim, cuida da família, cuida de todos ao seu redor e têm uma gratidão imensa por ela fazer tudo isso. Eu acabo de ter alta do hospital, me recuperei da Covid 19, fiquei muitos dias internada, e a Tati cuidou de tudo e agora está cuidando de mim. Esse amor entre todas nós me fez lutar contra essa doença, me fez acreditar que Deus me deu uma segunda chance e quero aproveitar minha vida ao lado da minha esposa, das minhas filhas e das minhas netas, o máximo possível”, relata.

Sandra é uma mãezona, não apenas para as filhas, mas para as netas também. “Ser mãe é algo maravilhoso, e preciso agradecer a Deus por isso pelo resto da minha vida. Ainda mais ser mãe por duas vezes, já que minhas netas são como minhas filhas. Amo elas demais. Ter netos é quando deus te dá a oportunidade de ser mãe de novo, de paparicar, de cuidar, amar e também poder fazer algo que talvez você não tenha feito com as filhas. Ser vó é a chance de rever os conceitos como mãe”.

Tatiane também é apaixonada em ser mãe. “Minhas filhas não saíram de mim, mas o amor que tenho por elas é tão grande que nem consigo descrever. Minhas filhas e netas são tudo pra mim”, disse.

Não há obstáculos para o amor de uma mãe

Araucarienses abrem o coração e relatam o que é “ser mãe”

Aleane Dias do Prado, 44 anos, tem uma deficiência intelectual e um quadro de depressão. Ela tem um filho de 26 anos, chamado Marcelo, que já é casado e mora em Curitiba. Aleane foi mãe aos 18 anos, e mesmo não tendo consciência plena do que isso significa, sempre demonstrou um grande amor pelo filho. Sentimento que nos faz acreditar que nada, nada mesmo, supera o amor de uma mãe pelo seu filho, por maior que sejam as dificuldades e os obstáculos da vida.

Quando a criança nasceu, a mãe de Aleane assumiu sua criação, e até os 11 anos de idade, Marcelo viveu perto das duas. Após a morte da mãe, Aleane passou a ficar sob os cuidados da irmã mais nova, e os contatos com o filho, hoje não são tão frequentes. Ainda assim, Aleane fala muito dele e demonstra ter um amor muito grande. Dentro das suas imitações, ela descreveu o que significa ser mãe. “É dar respeito, amor e carinho. Gosto muito de ser mãe”, disse.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1260 – 06/05/2021

Compartilhar
PUBLICIDADE