Colégios apontam dificuldades no uso do aplicativo que faz reconhecimento facial na chamada

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Uma novidade implementada neste ano na rede estadual de ensino, a chamada por reconhecimento facial, está dando o que falar em alguns colégios de Araucária. O aplicativo, que foi implantado para otimizar o tempo que os professores gastam para realizar as chamadas e que irá substituir o sistema manual, começou a valer no mês de abril e será obrigatório em todas as unidades.

Os professores podem fazer a chamada usando o celular, através do reconhecimento da biometria facial dos alunos. As imagens não ficam armazenadas no dispositivo ou com os docentes, garantindo direito à privacidade das crianças e jovens. Os professores podem tirar até quatro fotos da turma, e a presença é concedida de forma cumulativa para cada registro fotográfico, apresentando o número de estudantes reconhecidos em cada foto. A lista de presença completa aparece na tela e o professor pode fazer ajustes manuais caso algum estudante não tenha sido reconhecido.

Na teoria tudo parece funcionar perfeitamente, o fato é que na prática o APP tem apresentado inúmeros problemas. No Colégio Agalvira Bittencourt Pinto, o aplicativo já está sendo usado desde o dia 27 de abril, no entanto, os professores encontram dificuldades no seu uso devido a oscilações na internet fornecida pelo Estado e também problemas na leitura facial de todos os alunos. O APP não consegue fazer o reconhecimento nos casos em que os estudantes estão com o cabelo no rosto, usando óculos ou touca, entre outros detalhes. Sendo assim, o professor precisa repetir o processo várias vezes, até captar todos os rostos, o que na prática acaba consumindo o mesmo tempo que levaria fazendo a chamada manualmente. “A ideia do aplicativo é fantástica, porém precisa de alguns ajustes para ter a funcionalidade pretendida pelo Estado”, explica a direção.

No Colégio Marilze da Luz Brand os problemas com o uso do APP se repetem. Em uso desde o dia 30 de março, a chamada por reconhecimento facial também tropeça nas oscilações da rede de internet disponível na instituição e erros na leitura facial que não reconhece todos os alunos, exigindo que o processo seja refeito pelo professor várias vezes. “O professor precisa fazer as fotos de grupos pequenos e depois fazer a chamada da forma manual para os alunos que o APP não reconheceu. Em resumo, a ideia é boa, mas precisa ser aprimorada, caso contrário, não vai dar certo”, comentou a direção.

Da mesma forma as dificuldades com o uso do aplicativo estão ocorrendo no Colégio Cecília Meireles. “Ainda está complicado agora no início, porque muitas vezes o APP não funciona, ou porque a internet não colabora ou porque o reconhecimento facial não dá certo para todos os alunos”, declarou a direção.

Colégios usando o APP

Segundo a Secretaria Estadual de Educação (SEED), em Araucária, além dos colégios Agalvira, Marilze e Cecília Meireles, a tecnologia do reconhecimento facial na chamada já vem sendo aplicada nos colégios Ana Maria Vernick Kava, Araucária, CEEBJA, Cleide Leni Kurzawa, Dia da Rocha, Elzeário Pitz, Fazenda Velha, Guajuvira, Helena Wysocki, Joana Gurski, João Nerli da Cruz, Julio Szymanski, Lincoln Setembrino Coimbra, Maria da Graça Silva e Lima, Monteiro Lobato, Rocha Pombo e Vespertino Pimpão.

Edição n. 1364

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