Cuidado! Colesterol alto é um dos piores vilões da saúde

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O colesterol alto pode ser associado a doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames, no entanto, seus efeitos nocivos vão muito além do cardíaco e circulatório afetando diversos órgãos no corpo. Geralmente ele é “silencioso”, ou seja, não apresenta sintomas evidentes, o que torna necessária uma atenção especial.

Esta é uma das razões pelas quais é celebrado, em 8 de agosto, o Dia Mundial de Combate ao Colesterol. A data foi criada pela Federação Internacional do Colesterol (ISA, em inglês). No Brasil, quatro a cada dez brasileiros possuem taxas do lipídio elevadas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

“Essa campanha é muito importante para conscientizar a população sobre os riscos do colesterol alto, que é um dos fatores que mais contribui para as doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no Brasil e no mundo, o que configura um grave problema de saúde pública. O controle adequado do colesterol é essencial para a preservação da saúde e prevenção de doenças graves como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral”, afirma o cardiologista Rafael Petracca Pistori, da Clínica São Vicente.

Segundo ele, existem dois tipos de colesterol: o bom e o ruim. O LDL é popularmente conhecido como colesterol ruim, pois em níveis elevados está associado a doenças graves do coração, do cérebro e de outras artérias do corpo. Já o colesterol HDL é popularmente denominado colesterol bom pois, dentre outros efeitos, retira as moléculas de colesterol ruim do sangue para serem eliminadas pelo fígado. Os valores normais de colesterol LDL variam conforme o risco cardiovascular da pessoa, que deve ser estimado pelo médico. Já o colesterol HDL deve ser maior do que 40 mg/dL.

“O colesterol LDL alto está associado à formação de placas de gordura nas artérias, a chamada aterosclerose, que em grau avançado pode causar obstrução ao fluxo de sangue nas artérias do corpo, levando a quadros graves como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e doença arterial obstrutiva periférica (obstrução de uma artéria do membro inferior). Também é importante destacar que estudos recentes demonstraram que ter o colesterol LDL muito baixo não traz riscos significativos. Entretanto, níveis baixos de colesterol HDL estão associados à maior incidência de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e AVC. Portanto, devemos perseguir a meta de se ter LDL baixo e HDL alto”, aconselha o cardiologista.

Entre os sintomas, o médico diz que o primeiro aparece quando o LDL está alto já pode ser decorrente da obstrução de uma artéria, como dor no peito (angina), infarto ou AVC. Por isso, é muito importante para o paciente checar seus níveis de colesterol regularmente, mesmo sem ter sintomas. Em alguns casos específicos, o colesterol LDL alto pode levar à formação de pedras na vesícula, alterações na córnea e depósitos de gordura sob a pele e em tendões (xantomas e xantelasmas)

“O diagnóstico de colesterol LDL alto ou colesterol HDL baixo é feito através de um simples exame de sangue. A última diretriz brasileira recomenda fazer o exame de perfil lipídico (dosagem de LDL, HDL e triglicerídeos) a partir dos 10 anos de idade. Se houver histórico familiar de colesterol alto, doença cardíaca precoce na família ou sinais físicos de colesterol alto, deve-se fazer o exame a partir dos 2 anos de idade. Lembrando que a obesidade está intimamente relacionada a níveis elevados de colesterol LDL, aumento dos triglicerídeos e surgimento de diabetes, que são fatores de risco para doenças cardíacas e das artérias. Portanto, a manutenção do peso adequado é muito importante para a saúde e previne doenças graves”, sugere o especialista.

Outros fatores

Dr Rafael diz ainda que algumas doenças, condições de saúde ou uso de medicamentos também podem interferir no aumento do colesterol. Doenças do fígado, dos rins e da tireóide podem alterar os níveis de colesterol no sangue. Além disso, condições como obesidade e menopausa elevam os níveis de colesterol LDL e estão associadas a risco aumentado de doenças cardiovasculares. Por fim, medicamentos como corticóides, tamoxifeno, estrógeno, testosterona e drogas contra o HIV também aumentam os níveis de LDL. “Caso tenha alguma dessas doenças ou faça uso de um dos medicamentos mencionados, converse com seu médico sobre a necessidade de dosar o colesterol com mais frequência”, aconselha.

Ainda de acordo com o cardiologista, as alterações genéticas podem levar a um aumento importante nos níveis de colesterol LDL, níveis muito elevados de triglicerídeos ou níveis de colesterol HDL muito baixos. Alguns fatores sugerem doença genética e apontam para a necessidade de investigação adicional: graves alterações no perfil lipídico, histórico familiar de doença cardiovascular precoce e sinais físicos de colesterol elevado.

“Por fim, se o seu colesterol LDL está alto, você deve reduzir o consumo de leite e seus derivados, evitar o consumo de carne gordurosa (principalmente carne vermelha), suspender embutidos (presunto, mortadela, salames, salsicha, etc.) da dieta e evitar excesso de doces e bebidas alcoólicas. Além disso, é aconselhável fazer exercícios físicos regularmente para controle do peso e aumento dos níveis do colesterol bom (HDL). Até o presente momento, não existem evidências científicas suficientes para recomendar remédios caseiros para reduzir o colesterol LDL ou aumentar o colesterol HDL. Porém, sabemos que ácidos graxos ômega 3 (presentes em soja, canola, linhaça e peixes), fitosteróis (presentes em óleos vegetais, cereais e grãos), proteína de soja e fibras solúveis têm efeitos benéficos no combate ao colesterol elevado”, enumera.

Agende um horário!

Agende uma consulta com o cardiologista Rafael Petracca Pistori (CRM 24.982) ou demais especialistas da Clínica São Vicente pelo fone (41) 3552-4000 ou WhatsApp (41) 98780-1440.

Edição n.º 1375

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