Juventude faz cinema como trabalho de casa

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A força do cinema não está somente na sala escura, confortável, onde imergimos em uma história com a qual nos identificamos, projetamos e nos encantamos, ela está em todo seu processo criativo, nas suas fases de produção e no envolvimento de tanta gente para se fazer um único ‘produto’ artístico final. O cinema constitui-se em um dos variados modos de expressão cultural da sociedade que, além de criar qualquer possibilidade de um mundo imaginário, tem a potência de recriar a nossa realidade. Nesse sentido, a relação entre cinema e educação, seja no contexto escolar ou da educação informal, é parte da própria história do cinema. Desde os primórdios das produções cinematográficas, produtores e diretores de cinema o consideravam como uma poderosa ferramenta para instrução, educação e reflexões humanas.

Foi unindo esses recursos que Jester Furtado, diretor de teatro e professor de artes da Colégio São Vicente de Paulo, inseriu a prática, superando a teoria, quando tratava do assunto com os alunos do 9º ano do colégio: “Fiz uma abordagem teórica sobre o cinema e a ideia da prática partiu deles mesmos. Fizeram todo o processo, roteiro, câmera, direção… e usaram os recursos que eles tinham, câmeras de celular, câmeras fotográficas digitais e algumas câmeras semi-profissionais”, explicou o professor. A ideia foi tão bem recebida pelos alunos que deu continuidade também nas aulas de inglês: “A ideia partiu deles, fizeram um filme em inglês e caminharam sozinhos. Foi muito legal, gostaram, participaram, mostraram toda a criatividade que têm e evoluíram bastante no inglês”, contou a professora Deise, orgulhosa do processo.

O processo
Foi partindo dessa ideia que os alunos se dividiram em grupos e se organizaram para execução dos curtas-metragens. Com processos de criação livre, os filmes acabaram abordando diversos assuntos perpassando por diferentes formatos, os de criação desde uma ficção que se passa durante a 2ª Guerra Mundial, até a história da lenda da bailarina que dizem por aí que vive no Teatro da Praça. “A gente fez o filme ‘Estória de uma História’, nos organizamos criando uma estória dentro da história da 2ª Guerra Mundial, é um relato que não aconteceu, mas que podia ter acontecido. Como nós não somos atores, tivemos a ideia de não pôr falas e fizemos um filme mudo”, explicou Mariá sobre o processo do seu grupo.

Destacando a habilidade de cada um dos jovens, a feição do filme acabou tendo espaço para todo mundo: quem gosta de escrever, fez o roteiro; quem gosta de fotografia, filmou; quem gosta de teatro, atuou… “O processo foi muito legal, fomos juntos para vários lugares e fizemos muitas coisas diferentes”, completou Juliana. Franciny também gostou muito de toda a produção: “Foi bem trabalhoso, mas tivemos muitas experiências e temos muitas coisas para contar”.
 

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