Doceira Janete sofre novo ataque racista

Em uma das ameças Janete recebeu um bilhete com recortes de revistas e uma banana
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

 

Doceira Janete sofre novo ataque racista

O Dia Internacional da Mulher – 8 de março, que deveria ser de muita comemoração e alegria, acabou virando uma grande decepção e tristeza para a doceira Janete Martins, 44 anos, moradora do bairro Costeira. Mais uma vez ela foi vítima de um ataque racista. “Hoje acordei animada, disposta para trabalhar, ansiosa pelas felicitações que receberia por ser o dia das mulheres, mas tive uma grande decepção logo cedo: recebi um pacote de presente e, quando abri, era mais uma brincadeira de mau gosto de uma pessoa muito maldosa e preconceituosa. Fiquei desolada”, lamentou.

No pacote havia duas bananas e um bilhete com o seguinte texto: “Será que devo chamar você de fada dos doces ou dos macacos. Mulheres. Prêta. O lixo que virou lucro”. Ao receber o “presentinho”, a doceira procurou novamente o Ministério Público, que já investiga o caso, e o material será encaminhado para perícia. A situação de Janete também já foi registrada na Delegacia de Polícia, que segue com as investigações.

Reincidência

O primeiro ataque racista sofrido pela doceira Janete foi há exatamente um mês, no dia 8 de fevereiro. Neste dia ela recebeu a visita de uma mulher que teria ido até sua casa fazer uma encomenda, mas quando esta viu que ela era negra, foi embora. Uma semana depois ela recebeu um bilhete na caixa de correio, com o seguinte conteúdo: “Passei aqui na sua casa só para deixar um recadinho, ‘fada dos doces’ como tem gente sínico, você sabe que a maioria das pessoas branca, não gostam de gente de cor como você, pena que poucas tem coragem que tenho, a maioria dis não ser racista, a verdade é que nem um branco da o mesmo valor a uma pessoa de cor. Você nunca vai ganhar como um branco, nunca terá o mesmo valor de um branco, nunca será recebida igual uma de nós branca, tenho um conselho para você. Aceita que é melhor você nunca será igual nos branco, carrega no sangue o DNA de um escravo e sempre será tratado como tal….”

O caso de Janete viralizou nas redes sociais e ela vem recebendo mensagens de apoio de milhares de pessoas de vários estados do Brasil.

 

Foto: Marco Charneski

Compartilhar
PUBLICIDADE