Surto de parvovirose acende alerta para que tutores redobrem cuidados com os pets

Foto: Leandro Leão
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A última coisa que um tutor quer ouvir do veterinário é que o seu pet está com parvovirose canina. Apesar de ser bem comum entre filhotes, também atinge cães adultos não vacinados e debilitados e a doença viral pode ser fatal caso não seja detectada precocemente.

O veterinário Luciano Buch, sócio proprietário da Clínica Veterinária Araucária – CVA, explica que a parvovirose é um problema de saúde considerado grave, que afeta principalmente o sistema gastrointestinal dos cães, provocando diarreia com presença de sangue ou não e com cheiro forte, vômitos, falta de apetite, febre, apatia e tristeza.

“Esse alerta se torna ainda mais urgente se considerarmos que o Município está enfrentando um surto da doença. Uma vez no organismo do cachorro, o vírus se reproduz e afeta principalmente as células do intestino. Isso provoca quadros severos de vômitos e de diarreia. A depender do estado de saúde do paciente, se não tratada, a parvovirose pode até mesmo levá-lo a óbito.”, alerta.

Segundo ele, desde janeiro deste ano a CVA vem registrando uma média de 3 a 4 pacientes por dia, positivados para parvovirose. “É um número assustador quando comparado às últimas vezes que atendemos muitos casos da doença. E isso tudo se deve à falta de vacinação. Os tutores precisam manter o protocolo vacinal dos seus pets em dia, de preferência optar pela vacina importada. A vacinação é a melhor forma de prevenir a doença”, observa.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença é feito através de um teste rápido, bem similar ao teste da Covid. Geralmente o paciente positivo demanda ficar internado, pelo menos para estabilização, pois é um tratamento que demora pelo menos uma semana e a doença é bem agressiva.

Também nesse período de surto da doença, o veterinário Luciano Buch orienta os tutores a evitarem levar seus pets a lugares que têm muito fluxo de animais, como parques, praças e ainda não deixar que durante o passeio o pet cheire as fezes de outros animais. “O contato com o ambiente contaminado é perigoso. Infelizmente também há o risco da contaminação cruzada, ou seja, quando o tutor leva o vírus para casa. Por isso a recomendação é que logo ao chegar em casa, a pessoa troque o sapato, lave a mão, para depois mexer no cachorro, principalmente se for filhote e não tenha terminado o protocolo de vacinação”, sugere.

Vírus resistente

Quando o animal cheira fezes ou outros objetos contaminados, o vírus entra na corrente circulatória, espalhando-se por órgãos e tecidos do corpo. Em relação à transmissão da doença, uma das dificuldades em prevenir a parvovirose é que se trata de um vírus bastante resistente.

Ao contrário de outros agentes virais que sobrevivem por apenas algumas horas fora do organismo do hospedeiro, o parvovírus pode permanecer por meses a fio no ambiente, sobrevivendo em objetos como comedouros, roupas, cobertores e até no piso.

Daí a importância de fazer a limpeza desses acessórios e espaços com regularidade. Segundo a CVA, a transmissão também pode ocorrer durante brincadeiras com outros cachorros, uma vez que o vírus pode ficar preso no pelo dos cães.

“Uma dúvida frequente é se a parvovirose canina pega em humanos. A resposta é não. A doença canina não tem qualquer relação com a parvovirose que acomete os humanos”, explica.

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