Entenda como está sendo feito o diagnóstico da COVID-19

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Entenda como está sendo feito o diagnóstico da COVID-19

Uma dúvida que tem surgido em meio à pandemia do coronavírus, é a respeito de como são realizados os exames para detectar ou confirmar um caso suspeito. Com a declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde, uma hipótese era a do indivíduo que voltou de qualquer viagem internacional e, em até 14 dias, começasse a apresentar febre e pelo menos um sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar ou engolir, congestão nasal, dor de garganta, coriza). Em outras palavras, viajantes que manifestaram esses sinais deveriam buscar atendimento médico para checar se era um caso de coronavírus, e não uma gripe, por exemplo.

Além disso, quem tinha contato próximo com alguma pessoa com suspeita ou confirmação de Covid-19 e que apresentasse qualquer um dos sintomas descritos em até 14 dias, também precisava ser investigado. Nesses casos, o Ministério da Saúde orientou que qualquer viajante, ao retornar, devesse ficar em casa por sete dias. Mas esse resguardo não configurava um caso suspeito, apenas uma medida para conter a transmissão do vírus. Se ele apresentasse sintomas, aí a situação era diferente.

Porém, todo esse cenário mudou após o vírus ter se espalhado pelo mundo de forma acelerada, fazendo com os países fechassem suas fronteiras. A partir daí, o governo passou a incluir situações específicas em que, mesmo um brasileiro que não tivesse viajado para o exterior, se encaixasse como um caso suspeito do novo coronavírus. A primeira é a do sujeito que vive em uma cidade com ao menos um episódio confirmado e que é internado por causa de uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) — quando aqueles sintomas são tão intensos que exigem hospitalização.

A segunda é a do paciente que possui sinais leves de gripe e busca atendimento em uma unidade de saúde. Em resumo, são postos de saúde, policlínicas e hospitais que fazem um trabalho de verificar ativamente a intensidade de circulação de diferentes agentes infecciosos, como o influenza (que deflagra a gripe) e, agora, o novo coronavírus. Com essas medidas, foi possível identificar alguns casos da doença, que poderiam passar despercebidos.

Confirmado ou descartado!

Atualmente as testagens são realizadas tanto na rede pública de saúde como na privada, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde. Uma vez que surge a suspeita, os médicos pedem exames específicos, colhem amostras das vias aéreas do indivíduo e as mandam para laboratórios. Aí, os profissionais descobrem se a infecção foi causada pelo influenza, pelo Sars-Cov-2 ou mesmo por outros agentes. No caso de positivo para coronavírus na primeira amostragem, um segundo exame, chamado de contraprova, é realizado, só assim é emitido o diagnóstico final.

No Paraná, os exames para detecção do coronavírus estão sendo realizados no Laboratório Central do Estado (Lacen).

Texto: Maurenn Bernado

Foto: Freepik

Publicado na edição 1204 – 19/03/2020

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