Tem que sair da concha

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Esta semana o gerente geral da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Luiz Antônio Meirelles da Silva, recebeu na sede da estatal um grupo de autoridades políticas e representantes sindicais e empresariais de Araucária. O objetivo da conversa era a salutar preocupação dessas pessoas de que as empreiteiras que prestam serviço para Repar contratassem o máximo possível de mão de obra local nas chamadas paradas de manutenção que volta e meia a companhia precisa fazer. Polido, educado, profissional e bem assessorado, o gerente explicou um monte de coisas, mas não disse nada do que as pessoas, que foram lá, queriam ouvir.

Se Araucária fosse um corpo humano, esta refinaria poderia não ser o cérebro, mas certamente seria o coração que mantém esse corpo (imenso, gordo e lento, diga-se de passagem) em pé. Podemos dizer que algo em torno da metade do que a Prefeitura arrecada anualmente vem ou é consequência das absurdas cifras de impostos que a Petrobras recolhe por aqui. Todos os administradores dali sabem dessa importância para a cidade e parecem considerar que essa obrigação legal de pagar impostos, uma cifra milionária de impostos, é claro, já faz da estatal intocável. E talvez seja por isso que aqueles que comandam a refinaria parecem viver numa galáxia distante, numa dimensão onde apenas os negócios da unidade bastam e dane-se e resto.

Essa briga para aumentar a contratação de “nativos” já vem de muito tempo e não tem solução simples. É claro que precisa ter gente com a qualificação adequada às necessidades técnicas de uma unidade de refino de petróleo. Mas isso tem sido feito ao longo dos anos. O que falta, na verdade, é que estes executivos tenham coragem de sair de trás do conforto e segurança da formalidade e do estrito cumprimento das leis e políticas internas e venham conversar com as pessoas na vida real, na comunidade, tanto de moradores, quanto empresarial para promover uma integração e fortalecendo o desenvolvimento local. Assim, o que hoje pode parecer um problema, certamente será uma boa solução com parceria e ajuda mútua. Pense nisso e boa leitura.

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