Temporada das pseudo-candidaturas

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Araucária não evolui. Ou melhor, os políticos de Araucária não evoluem. Do mesmo modo, os eleitores de Araucária não evoluem. É sempre a mesma coisa. A mesma conversa fiada. Digo isso porque, as portas do início de uma campanha eleitoral, começou a temporada das pré-candidaturas fictícias.

Todo mundo virou pré-candidato a deputado, seja ele estadual ou federal, na terra dos pinheirais e, de novo, não há uma preocupação verdadeira de nossos políticos na viabilização de um nome local com condições reais de vitória. Com isso, anotem aí: enquanto cidades paranaenses imensamente menores do que a nossa terão representantes na Assembleia e no Congresso na próxima legislatura, ficaremos chupando dedo. Aqui, vale um flashback de meu texto da semana passada: em 2014 seremos uma pobre prostituta moribunda, com candidatos de várias regiões do Estado, muitos deles apoiados por políticos locais, aparecendo por essas bandas, com promessas de casamento, talvez um dinheiro fácil e assim por diante, tudo para usufruir do corpo esquelético da nossa Araucária de programa. Porém, terminada as eleições, sabe quando eles voltarão: nunca.

Nas últimas duas legislaturas tivemos representantes locais em outras esferas de Poder. Aliás, a mesma representante. De 2007 a 2010 ela esteve na Assembleia e de 2011 e 2014 na Câmara Federal. E, independentemente de credos políticos, uma coisa é fato: foi bom para Araucária termos uma deputada local, principalmente em Brasília. Foram várias as emendas destinadas por ela para essas bandas, sem contar que era alguém pertencente a uma das cidades mais ricas do Paraná participando das grandes discussões nacionais, vivenciando o centro do Poder brasileiro. Isso, admitamos ou não, nos engrandece.

Agora, em 2014, pelo andar da carruagem, as candidaturas tem quase ou nenhuma viabilidade de eleição. Isto porque os pretensos candidatos, ou são factoides puramente interessados em negociar uma eventual “abertura de mão” da intenção de disputar o pleito, ou estão filiados a legendas cuja quantidade de votos para ficar com uma cadeira será muito alta.

É uma pena que nossos políticos não pensem – primeiro – no que seria melhor para a Araucária, pois – se fosse assim – haveria uma grande conversa (republicana, deixe-se claro) para se construir um nome de consenso, com a viabilidade necessária para não ficarmos chupando dedo a partir do ano que vem. Se bem que exigir que os políticos locais pensem primeiro no bem da cidade é muita utopia. Quer saber, esqueçamos disso, continuemos com a nossa mediocridade política de sempre, com cada qual pensando no seu próprio umbigo e negociando suas pseudo-candidaturas como bem quiserem.

Comentários são bem-vindos. Até uma próxima!

Compartilhar
PUBLICIDADE