Todos Perdemos

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O fim da integração do transporte coletivo nos moldes como conhecemos atualmente é um crime contra o cidadão que mora em Curitiba e região metropolitana. Mais do que isso é o tiro fatal naquele discurso de que é preciso estimular o uso do transporte coletivo como forma de facilitar a mobilidade urbana e diminuir a presença de carros em nossas ruas.

Como fazer isso se, ao invés de diminuir distâncias, facilitar caminhos, os governos fazem justamente o contrário? Não é aceitável que a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Estado simplesmente prefiram praticar um jogo de empurra-empurra de responsabilidades quando, na verdade, deveriam é discutir juntos uma saída viável para que o sistema integrado seja mantido.

Admitamos ou não, todos perdermos com o fim da integração. Isso porque, numa região metropolitana como a nossa, os municípios são dependentes um dos outros. Araucária precisa de serviços oferecidos por Curitiba, assim como Curitiba precisa de Araucária. E essa interdependência se repete com Curitiba e São José dos Pinhais, Curitiba e Campo Largo e assim sucessivamente.

Por todas as perdas que representam o fim da integração, nossa esperança é aquela que menos parece provável no momento: que os gestores tomem juízo e busquem uma saída para o transporte coletivo integrado e nessa caminhada, o Governo do Estado precisa assumir sua responsabilidade com a manutenção do sistema, fortalecendo a Comec e lhe dando condições efetivas de gerenciar o sistema.

Por outra banda, Curitiba tem que entender que ela também é corresponsável pelas cidades que estão em seu entorno, principalmente aquelas menos favorecidas financeiramente, que em muitos casos servem apenas de dormitório para uma imensidão de trabalhadores que diariamente vão ganhar à vida na Capital e, consequentemente, contribuir para seu desenvolvimento. Pensemos nisso e boa leitura.

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