Transporte coletivo, 30 mil araucarienses utilizam esse serviço diariamente

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O nosso conhecido Triar é administrado pela CATU (Companhia Araucariense de Transporte Urbano), que é uma empresa de economia mista, isto é, não é completamente pública nem completamente privada. “A empresa participa do Sistema Integrado da Região Metropolitana, onde o passageiro pode ir de um bairro de Araucária até qualquer bairro de Colombo, por exemplo, pagando apenas uma passagem, que hoje é de R$ 0,75” comenta Oilson Muller, atual presidente da empresa. “Com esse sistema, a empresa acaba tendo um “déficit” mensal de cerca de R$ 180 mil, que é coberta pela prefeitura. Fato que também ocorre com a maioria dos municípios integrantes do sistema. Deve-se porém, lembrar o objetivo social do sistema, que é tornar o transporte acessível a todos.”

Dívidas

A atual administração da CATU assumiu a empresa em janeiro de 1997 com uma dívida aproximada de R$ 4,4 milhões entre impostos, encargos sociais e fornecedores. Segundo Muller a maior parte da dívida foi contraída em 1995 e 1996 principalmente no final de 1996. Obteve um resultado com redução nas despesas em 1997 comparado a 1996 na ordem de R$ 8,1 milhões ao ano.

Atendimento ao usuário

“A quantidade de usuários tem aumentado gradativamente, não só devido ao aumento da população, mas também pelos adolescentes que estão ingressando no mercado de trabalho e começam agora a se utilizar do sistema”, lembra Muller. “Hoje, qualquer pessoa que tenha algum problema ou dúvida quanto ao transporte coletivo municipal deve se dirigir ao balcão de atendimento ao usuário, na sobreloja da Rodoviária, com certeza de que será, no mínimo, ouvido com atenção.”

Gangues

Um dos maiores problemas que a empresa enfrenta hoje é o da depredação dos veículos por atos de vandalismo. “Na tentativa de resolver o problema, descobrimos que, na verdade, as pessoas que depredam os ônibus não o fazem pelo vandalismo em si, mas sim para tentar agredir os membros de gangues rivais que estavam no interior do coletivo. Principalmente nos bairros mais afastados” diz Mueller.

“Chegou a acontecer, em mais de uma vez, situações onde o ônibus foi parado para que fosse tirado à força o indivíduo pertencente à gangue rival, sendo o ônibus liberado ileso.” Existem horários onde o problema é maior, que é em torno de 22:10h e 22:15h, principalmente na região do Bairro Tupi e São Francisco.

Para evitar esse problema, estão sendo tomadas medidas como a escolta de ônibus pela polícia e até mesmo infiltração de seguranças à “paisana” no interior do coletivo, além de linhas alternativas para situações emergenciais.

Expansão

Após inúmeras solicitações, foi feito um estudo para aumentar a frequência da linha Tupi-Pinheirinho com o objetivo de colocar 31% a mais de ônibus, passando a ter um ônibus a cada 20 minutos, quando antes era a cada 40.

A solução encontrada foi a contratação de mais motoristas, sem a necessidade de aumentar a frota, apenas foi utilizado melhor os horários ociosos dos ônibus já disponíveis. Os novos horários já estão em operação desde 16 de maio.

Também foi efetuada a primeira concorrência pública para o fornecimento de concessões para o transporte escolar, que hoje é composto por 54 veículos, entre Kombis, Bestas e Ônibus, através de contratos de permissão.

Asfaltos

Segundo Muller, já está sendo colocado em prática o Plano de Transporte Coletivo, onde serão asfaltados 37 Km distribuídos pela cidade em vários trechos onde passa o ônibus, como por exemplo Fonte Nova, Shangri-lá, Serra Dourada e São Francisco.

Todas as vias terão 8 m de largura, calçada e galerias pluviais. Já estão em andamento as obras nas Ruas Tocantins e Pirapó, no Jd. Serra Dourada.

Treinamento

Com o fluxo de crianças e estudantes nos horários de entrada e saída das escolas tem se intensificado, existe uma preocupação especial com a qualificação dos motoristas, sendo feito cursos de reciclagem e treinamento ministrado pelo SENAT (Serviço nacional e aprendizagem do transporte), com cursos de: Código de Trânsito, direção defensiva, primeiros socorros e transporte escolar, onde os motoristas, que são obrigados a participar, são preparados para enfrentar as situações mais adversas.

Transporte coletivo, 30 mil araucarienses utilizam esse serviço diariamente

 

 

Saiu na Edição 0003 de 23 de maio a 08 de junho de 1998

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