Três instituições de Araucária poderão receber o programa de colégios cívico-militares

Colégio Dias da Rocha emitiu comunicado para explicar a comunidade escolar como vai funcionar o programa. Foto: Marco Charneski
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Três instituições de Araucária poderão receber o programa de colégios cívico-militares
Colégio Dias da Rocha emitiu comunicado para explicar a comunidade escolar como vai funcionar o programa. Foto: Marco Charneski

Os colégios estaduais Lincoln Setembrino Coimbra, que fica no bairro Capela Velha; Dias da Rocha, localizado no Centro; e Maria da Graça Siqueira Silva e Lima, no bairro Costeira, foram selecionados para participar do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, que será implementado em 215 colégios estaduais de 117 municípios de todas as regiões do Estado a partir de 2021. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 26 de outubro, pelo governador Ratinho Junior, que também divulgou que o investimento direcionado a cerca de 129 mil alunos será de cerca de R$ 80 milhões. O Programa é uma iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa, que funcionará com gestão compartilhada entre militares e civis em escolas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e no ensino médio. Na nova modalidade de ensino, as aulas continuarão sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares serão responsáveis pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá um diretor-geral e um diretor-auxiliar civis, além de um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.

A direção do Colégio Lincoln disse que recebeu a notícia com certa surpresa, porque conforme afirmou, não houve diálogo prévio com a direção e a comunidade escolar, sobre a implantação do programa. No Maria da Graça, a reação foi a mesma, e a direção disse que não ia se manifestar porque o processo foi muito rápido e eles ainda não haviam recebido informações mais precisas. No Dias da Rocha a direção emitiu um comunicado aos pais e alunos, explicando como vai funcionar a escola cívico-militar. Entre os itens, esclareceu que os objetivos do programa visam a garantia do cumprimento das diretrizes e metas do Plano Estadual de Educação, como a atuação contra a violência; garantia da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; e o auxílio no enfrentamento das causas de repetência e abandono escolar. Explicou ainda que as aulas continuarão sendo ministradas pelos professores da rede e que haverá maior carga horária de aulas, com reforço nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática; além da implantação da disciplina de Educação Financeira e outros Programas extracurriculares.

Consulta à comunidade

As unidades do programa de colégios cívico-militares foram selecionadas pela Secretaria de Educação e do Esporte em municípios dos 32 Núcleos Regionais de Educação (NREs) com mais de 10 mil habitantes e que tinham ao menos duas escolas estaduais na área urbana, além das seguintes características: alto índice de vulnerabilidade social, baixos índices de fluxo e rendimento escolar e que não ofertem ensino noturno. Esses critérios foram delimitados na lei estadual para que pais e mães pudessem escolher o modelo educacional que desejam para o filho.

As instituições selecionadas realizaram a consulta pública junto à comunidade escolar (professores, funcionários, pais e alunos) nesta terça-feira, 27 de outubro, e na quarta-feira, 28, para oficializar a indicação. A consulta foi em formato de referendo, cabendo à população dizer sim ou não ao modelo na escola em questão.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1236 – 29/10/2020

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