Uma história de muita determinação

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Ana Paula de Carvalho não gostava muito de esportes quando era criança. No entanto, sua mãe insistia para que ela praticasse algum exercício. Ela tentou vários, mas não se encaixava em nenhum. Certo dia, quando tinha 11 anos, Ana assistiu um filme de artes marciais e achou bonito os movimentos e a filosofia do karatê. “Desde então não parei mais”, conta.

Na semana passada, a atleta de Araucária conquistou o título de campeã brasileira de karatê. Mas a sua trajetória não foi fácil, para chegar onde está, ela enfrentou vários desafios. “Eu não tenho muita coordenação motora, tinha dificuldade na realização dos movimentos, por isso treinava bastante. Ainda hoje vejo que tenho muita coisa pra aprender”, fala.

Ela conta que perdeu várias lutas e ouviu de muitas pessoas, que o karatê não era a sua praia, que era melhor seguir outro rumo na sua vida. “Muitas vezes a gente desanima, mas se você tem um sonho é necessário correr atrás, batalhar e ter determinação, nada vem de graça”, ensina a campeã.

Sua mãe mora na Inglaterra e Ana Paula mora com amigas há cerca de um ano. Mesmo longe dos pais, ela teve disciplina e não se desviou do seu objetivo. O resultado veio através de muito suor. Ela treina, em média, três horas por dia, de segunda a sábado. Além disso, dá aula de karatê para crianças carentes e faz faculdade de Educação Física pela manhã. “Gosto de ensinar. Nessa minha trajetória de erros e acertos, aprendi muita coisa. Acho que temos obrigação de repassar aos outros”, diz.

Ana é heptacampeã paranaense de karatê, tricampeã do Jojups e ficou em 3º lugar no campeonato Sul-americano deste ano. Apesar de tantos títulos, ela é humilde e fala que ainda tem muito a aprender. “Meus espelhos são os grandes profissionais que assisto nos campeonatos. Quando os vejo lutando, vejo que tenho muito pra percorrer ainda, e me dedico mais aos treinos. Ainda serei como eles”, afirma.

Ela dedica seu título ao treinador, João Carlin Ferreira Padilha, que para ela é como um pai.

“Também não posso esquecer do apoio especial da minha família e da Prefeitura, que sempre nos ajudou a participar dos campeonatos”.

Compartilhar
PUBLICIDADE