Uma homenagem ao mais antigo servidor da Polícia Civil

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Na vida, uns passam por ela como espectadores, outros como protagonistas. É assim também na carreira policial. Eu mesmo vivi meus 15 anos de detetive policial e 25 anos de delegado da Polícia Civil com a certeza de que não passaria incólume.

Hoje, como deputado estadual, me sinto no dever de defender e apoiar esta instituição que tanto me trouxe felicidades e desafios.

E que alegria senti quando li a história do meu amigo doutor Osnildo Carneiro Lemes que, no último dia 18 de novembro, completou 50 anos de carreira em nossa Polícia Civil do Paraná.

Delegado Osnildo, hoje com 73 anos, iniciou sua carreira no já extinto cargo como comissário de polícia, em 18 de novembro de 1970.

Em sua ficha funcional, destaca-se o fato de que, três anos depois, já formado em Direito, doutor Osnildo prestou concurso para delegado de polícia e foi aprovado. Tonou-se o mais jovem delegado até então na instituição. Em 1974, ele iniciou no novo cargo, sendo designado para atuar no 4° distrito da Subdivisão da PCPR em Londrina.

Durante a carreira policial, doutor Osnildo passou por unidades da Capital e de nove cidades do interior: Paranavaí, Cascavel, Londrina, Maringá, Guarapuava, Cornélio Procópio, Ivaiporã, Arapongas e hoje se encontra lotado na Delegacia de Umuarama.

Diversas histórias fazem parte do portfólio do único delegado cinquentenário da PCPR. Mas a que mais é recordada por ele se refere à investigação do roubo de R$ 43 milhões de um carro de transporte de valores, em Marilena, região Noroeste do Estado, em 1979.

Lembrou o delegado que: “A primeira pista que tínhamos era de um número de telefone, que seria ligado ao chefe do bando. Para chegarmos ao endereço daquele telefone eu tive que percorrer a lista telefônica inteira e ali acabamos descobrindo que se tratava de um pensionato em Maringá”.

Foi a partir da leitura do calhamaço com milhares e milhares de números de telefone que nove dos 12 suspeitos do segundo maior roubo à carro-forte do país, na época, foram presos no litoral e interior do estado de São Paulo.

Hoje, o atual delegado-chefe da Subdivisão da PCPR em Umuarama conta como era trabalhar na década de 70. “A comunicação acontecia por um sargento radiotelegrafista da Polícia Militar, que era designado em cada subdivisão para fazer a troca dos telegramas. Isso era o nosso E-protocolo da época”, compara.

No dia de hoje, quero parabenizar a trajetória do doutor Osnildo. E congratulá-lo por toda dedicação em prol da consolidação da segurança pública no Estado do Paraná.

O sistema é pesado, maltrata os servidores. São histórias como a dele que dignificam a todos os policiais. Doutor Osnildo é a representação da resiliência e do compromisso. Que enxerguemos nele uma inspiração para o amanhã.

Publicado na edição 1240 – 12/11/2020

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