Vinde a mim

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Vendo Jesus as multidões totalmente abandonadas, excluídas, vivendo uma realidade de dor e sofrimento ele tem compaixão. Seu coração se compadece, padece junto, sofre junto com eles, porque eram como ovelhas sem pastor. Jesus se sente tocado, e o seu coração pulsa por aqueles que mais sofrem e tem necessidades. Eles são os preferidos do Mestre, que afirma que não são os sãos que precisam de médico, mas os doentes. Ele envia os apóstolos em missão, para curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios. Essa é na verdade a sua missão neste mundo, que ele confia aos seus discípulos antes de voltar para a casa do Pai.

Jesus claramente se coloca ao lado dos pequenos, dos pobres, dos marginalizados, dos sofredores do seu tempo. Alivia o peso imposto sobre eles dizendo, ”vinde a mim, todos vós, que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é o suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 28-30).

O jeito de ser de Jesus fascina, aproxima as pessoas, pois ele demonstra através das suas palavras e dos seus gestos, o seu profundo amor para com os sofredores. Ele veio para curar os enfermos, e ser um sinal de esperança para tantos caídos e abandonados do seu tempo. A sua opção preferencial é ajudar aqueles que mais precisam e que estão a mercê da sociedade, porque não tem recursos econômicos e sofrem a discriminação por serem doentes. Na época de Jesus a doença era associada com o pecado, e por isso, o doente era marginalizado, porque considerado impuro. Uma sociedade moralista que colocava para fora todos os que carregavam junto com a dor física, a dor moral.

A posição de Jesus é clara, não coloca nenhuma dúvida, no sentido de que ele veio para libertar o homem de todo peso físico e espiritual. Acima da lei está o ser humano, porque o homem não foi feito para a lei, mas a lei foi feita para o homem. Ele é o senhor do seu destino, e quando uma lei é pesada, é destruidora, deve ser eliminada. Quanto amor, quanta ternura, quanta misericórdia no coração de Jesus. Por isso que nós repetimos seguidamente: ‘Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso’.

Como seguidores de Jesus Cristo, também nós somos chamados a irmos ao encontro dos sofredores do nosso tempo. O papa Francisco convida toda a Igreja a sair de si mesma, e aproximar-se dos afastados e abandonados do nosso tempo. Ele mesmo demonstra através de suas palavras e de seus exemplos, este profundo amor aos sofredores. Diversas atitudes do nosso papa revelam este olhar terno e carinhoso com os pobres. Segundo ele, ao tocarmos a carne do sofredor, do pobre, do marginalizado, estamos tocando na própria carne de Cristo.

No contexto atual, onde tantas pessoas não tem acesso à saúde, à educação, a uma vida digna, por causa do roubo e da corrupção dos nossos governantes, somos chamados a ser um sinal de esperança. A partilha, o encontro, a caridade, são gestos concretos de amor, a exemplo de Jesus Cristo. Deixemos que os marginalizados, os doentes, os sofredores, os marginalizados venham até nós, pois agindo assim, nos tornamos a imagem do próprio Jesus de Nazaré. Tanta gente precisa de uma palavra e de uma mão amiga, de um olhar misericordioso, de um ouvido que saiba escutar.

Sejamos sinais concretos do amor de Jesus.

Compartilhar
PUBLICIDADE