Viver Araucária

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Como estou em Araucária desde a minha tenra idade, não posso me gabar de saber como é viver em outra cidade. Embora tenha vindo de Curitiba aos cinco anos, confesso, não tenho lembranças de como era viver lá. Não sei, por exemplo, como se comporta o curitibano diante das dificuldades e/ou facilidades que lhe são impostos diariamente, seja pelo poder público ou pela iniciativa privada.

Minha noção da relação desses moradores com suas respectivas cidades é construída sempre daquilo que ouço de conhecidos, daquilo que leio nos jornais, daquilo que vejo na televisão e assim por diante. Logo, o que tenho são impressões.

Dito isto, tenho a impressão de que nós, araucarienses de nascimento ou de coração, muitas vezes não assumimos nossa responsabilidade para com esta cidade. Preferimos sempre terceirizar a culpa por aquilo que não dá certo numa demonstração clara de egoísmo. Sim, porque ao encontrarmos um culpado para os problemas, seja ele qual for, dormimos tranquilos, crentes de que não temos nada a ver com aquilo.

Essa falta de apego aos nossos problemas nos afasta da busca de sua resolução. Dia desses mesmo ouvi uma senhora reclamar de que o Parque Cachoeira não tinha infraestrutura adequada para que pudesse levar seus netos para brincar e que, por isso, ela botava a criançada no carro e ia para o Parque Barigui, em Curitiba. Na região central, vi uma comerciante reclamando do lixo em frente ao seu comércio sem, em contrapartida, pegar uma vassoura e varrê-lo. Nos bairros o que se vê em muitos casos é o mato crescendo firme e forte em frente às casas que recentemente ganharam asfalto, calçada e grama. Ou seja, as pessoas sempre reclamaram da falta de urbanização e quando ela chega o problema passa a ser meio metro de grama.
Corriqueiramente também vemos as pessoas reclamarem da falta de opções de lazer e cultura em Araucária, mas simplesmente se negam a pagar “deizão” numa entrada no Teatro da Praça. Do mesmo modo, vejo gente chiar porque perdeu certo evento realizado na cidade e dizer que faltou divulgação quando, na verdade, o que faltou foi um pouco mais de interesse da pessoa em procurar saber o que se passa em sua cidade.

Enfim, precisamos amar mais Araucária, conhecê-la melhor, cuidar mais do que ela tem de bom. Vivê-la mais! Até porque, só quando fizermos nossa parte, é que poderemos cobrar que os outros façam a sua sem medo de sermos chamados de hipócritas!

Boa semana a todos. Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br.

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